Investigação entomológica em área de ocorrência de febre amarela silvestre no Estado de São Paulo, Brasil
AUTOR(ES)
Camargo-Neves, Vera L. F. de, Poletto, Daniela W., Rodas, Lílian A. C., Pachioli, Márcio L., Cardoso, Rubens P., Scandar, Sirle A. S., Sampaio, Susy M. P., Koyanagui, Paulo H., Botti, Mauricio V., Mucci, Luis F., Gomes, Almério de C.
FONTE
Cadernos de Saúde Pública
DATA DE PUBLICAÇÃO
2005-08
RESUMO
O registro de dois casos autóctones de febre amarela silvestre no Estado de São Paulo, Brasil, em 2000, desencadeou investigações entomológicas com o objetivo de verificar a ocorrência das espécies vetoras em ambientes florestais próximos ou associados às zonas ribeirinhas, situados nas regiões oeste e noroeste do Estado. As capturas foram realizadas em 39 localidades distribuídas por quatro regiões do Estado. Haemagogus leucocelaenus e Aedes albopictus foram as espécies mais abundantes e capturadas em todas as regiões. H. leucocelaenus foi a espécie mais abundante nos municípios de Santa Albertina e Ouroeste, onde os casos de febre amarela silvestre foram registrados. Mosquitos do grupo janthinomys/capricornii foram encontrados em oito localidades de São José do Rio Preto, enquanto Sabethes chloropterus uma única vez em localidade de Ribeirão Preto. Ficou evidenciada a aptidão de H. leucocelaenus para adaptar-se a ambiente secundário e degradado. Nossos resultados apontam para uma ampla área receptiva para a transmissão de febre amarela, com destaque para a possibilidade de H. leucocelaenus estar envolvido na manutenção deste foco silvestre da doença.
ASSUNTO(S)
febre amarela culicidae insetos vetores entomologia
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