Internacionalização da P&D
AUTOR(ES)
Graziela Ares
DATA DE PUBLICAÇÃO
2002
RESUMO
As firmas vêm internacionalizando suas atividades desde a Segunda Revolução Industrial. No entanto, tal processo, verificado no início do século XX, não pode ser comparado aos padrões observados nas últimas décadas. Além de ter se intensificado, suas características são bastante distintas em resposta a uma série de elementos e recursos que se fizeram disponíveis às firmas. Tal mudança pode ser observada quando olhado o processo de internacionalização das firmas de maneira geral ou quando considerada apenas uma destas atividades de valor, isto porque, as diversas atividades executadas pela firma podem ser internacionalizadas em diferentes graus que serão determinados conforme uma série de características relacionadas à própria firma, à indústria na qual atua e aos mercados por ela atendidos. Assim, este trabalho se propõe a analisar as diferenças entre os possíveis modelos de internacionalização de uma destas atividade executadas pela firma: a de pesquisa e desenvolvimento. Para tanto, o processo de internacionalização será considerado como uma resposta a uma estratégia adotada que, por sua vez determina as principais características das tarefas atribuídas às unidades internacionalmente dispersas. Mas cada empresa responderá conforme uma série de elementos determinantes que poderão agir como facilitadores ou obstáculos ao processo de internacionalização. Neste cenário, será apresentada uma tipologia para as formas como as firmas internacionalizam sua atividade de pesquisa e desenvolvimento, sendo a principal diferença entre elas os diferentes níveis de integração entre as diferentes unidades e a matriz, que refletem as mudanças observadas historicamente no processo. Tal discussão é importante pois buscará, além das diferenças entre os modelos de internacionalização da atividade de pesquisa e desenvolvimento possíveis, elementos que indiquem uma tendência à predominância dos modelos que contemplam maior integração entre as diferentes unidades. Numa última etapa, ressaltando os limites da aplicação destes modelos e da sua generalização, principalmente entre países desenvolvidos e em desenvolvimento, tais conceitos serão aplicados em um caso prático de uma unidade brasileira de pesquisa e desenvolvimento de uma empresa de propriedade alemã que atua na indústria de autopeças.
ASSUNTO(S)
relações economicas internacionais pesquisa e desenvolvimento empresas multinacionais
ACESSO AO ARTIGO
http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000271622Documentos Relacionados
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