Influência de fragilidade e quedas sobre capacidade funcional e marcha de idosos comunitários de Belo Horizonte

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

16/02/2011

RESUMO

Introdução: a fragilidade e as quedas, separadamente, causam prejuízo da capacidade funcional para Atividades de Vida Diária e alterações das variáveis espaço-temporais da marcha e seu desempenho em idosos. Porém, não se sabe se sofrer uma queda pode piorar as conseqüências da fragilidade já prejudiciais para estes desfechos adversos. Objetivos: analisar as conseqüências da fragilidade e quedas, separadas e em conjunto, para capacidade funcional em Atividades Básicas (ABVD), Instrumentais (AIVD) e Avançadas (AAVD) de vida diária e desempenho na marcha e variações das variáveis espaço-temporais dela de idosos. Métodos: estudo transversal de uma amostra de 125 idosos (65 anos) comunitários, capazes de deambular selecionados aleatoriamente entre os 613 idosos componentes do banco de dados da Rede de Estudos da Fragilidade em Idosos Brasileiros (Rede Fibra) no Pólo de Belo Horizonte- MG, nos mesmos setores censitários. A fragilidade foi avaliada pelo Fenótipo de Fragilidade: perda de peso não intencional, baixo nível de atividade física, exaustão, fraqueza de preensão palmar e lentidão na marcha. A presença de um ou dois desses itens caracteriza o idoso como pré-frágil e três ou mais o idoso como frágil; não pontuar em nenhum item significa que o idoso é não-frágil. As quedas nos últimos 12 meses foram avaliadas por auto-relato. A capacidade funcional foi avaliada pelas escalas de Katz para ABVD, Lawton para AIVD e Atividades Avançadas por questionário estruturado para a Rede Fibra. As variáveis espaço-temporais de marcha foram registradas após caminhada no Sistema GaitRite e equilíbrio e desempenho mensurados pelo Indice Dinâmico da Marcha (DGI). Resultados: Dos 125 idosos avaliados, 70,4% eram mulheres, a idade média foi 73,77 (±5,65) anos. Em relação às quedas, 34,4% dos idosos sofreram pelo menos uma queda no último ano, sendo registradas apenas duas fraturas, nenhuma de fêmur. O perfil de fragilidade da amostra ficou com 10,4% de idosos frágeis, 48,8% pré-frágeis e 40,8% não-frágeis. A capacidade funcional para ABVD e AIVD foram diferentes entre os grupos de fragilidade (p<0,05), mas não para quedas (p>0,05). As AAVD não mostraram diferença significativa entre os escores entre nenhum dos grupos (p>0.05). As variáveis espaço-temporais da marcha velocidade, cadência, comprimento e tempo do passo foram diferentes entre os grupo de idosos frágil e os pré-frágeis e não-frágeis(p<0,05), mas não para quedas (p>0,05). Base de suporte, porcentagem e apoio e balanço não apresentaram diferenças significativas para nenhum grupo (p>0,05). Apenas o DGI mostrou diferença entre os grupos divididos por fragilidade e por quedas (p<0,05). Não houve interação entre os efeitos de quedas e fragilidade nas variáveis dependentes. Conclusões: As quedas registradas na amostra não geraram lesões graves e por isso não pioraram as conseqüências deletérias da fragilidade para capacidade funcional para AVD e variáveis espaço-temporais da marcha. O DGI avalia o equilíbrio e atividades desafiadoras da marcha, que pode ser influenciado pelas quedas, mas ainda assim sem interação com o efeito da fragilidade.

ASSUNTO(S)

idosos teses. capacidade motora teses. fisioterapia para idosos teses. medicina de reabilitação teses. marcha decs acidentes por quedas decs limitação da mobilidade decs capacidade funcional.

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