Influência de diferentes cargas de cimentação na resistência de união de cimentos resinosos à dentina

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

26/03/2012

RESUMO

Este trabalho avaliou a influência de diferentes cargas de cimentação na resistência de união de cimento resinoso convencional e autoadesivo. Para isso, foram selecionados 42 molares humanos hígidos. Os dentes foram desgastados em politriz até a remoção de esmalte. Os dentes tiveram suas raízes embutidas em resina acrílica autopolimerizável. Foram confeccionadas pastilhas de resina composta (Filtek Z 350 XT, 3M ESPE), conforme as orientações do fabricante. Para cimentação com cimento resinoso convencional Rely X ARC (3M ESPE) Grupo 1 foi realizado condicionamento ácido da superfície (ácido fosfórico 37%), lavagem, secagem com algodão, aplicação de duas camadas de adesivo (Adper Single Bond 2) e fotoativação através de um fotopolimerizador de luz halógena, seguido da manipulação e da aplicação do cimento, conforme orientações do fabricante. Já a cimentação com o cimento resinoso autoadesivo RelyX U100 (3M ESPE) Grupo 2 foi feita em dentina úmida, manipulação e aplicação do cimento de acordo com orientações do fabricante. Em ambos os grupos, o bloco de resina composta foi posicionado sobre o cimento com carga de 10 N, 30 N e 60 N pelo tempo de dois minutos e fotoativado pelo tempo de 160 segundos (3M ESPE). As amostras foram armazenadas por 24 horas em 100% de umidade a 37C. As restaurações foram incluídas com resina acrílica autopolimerizável e submetidas a cortes seriados, obtendo-se o formato de prismas. Os espécimes (n=15 para cada carga) ficaram divididos conforme o cimento e a carga utilizados. Após, foram submetidos ao teste de resistência de união a microtração na máquina de ensaios universal EMIC DL-2000. Além disso, dois conjuntos de cada grupo foram seccionados no sentido mésio-distal, com um disco diamantado de dupla face. As superfícies foram polidas com lixas de carbeto de silício, seguido de polimento com pastas diamantadas. As amostras foram desmineralizadas, desproteinizadas, secadas, metalizadas e observadas em microscópio eletrônico de varredura em aumento de 1.000 a 4.000 vezes. Os resultados foram submetidos à Análise de Variância e ao teste de Tukey HSD. A carga de 30N apresentou o maior valor de resistência de união em ambos os grupos, sendo 17,27 5.33 MPa no Grupo 2 (dois) e 15,33 2.75 MPa no Grupo 1 (um). Já a carga de 10 N apresentou valores intermediáriários de resistência de união, sendo (9,47 4.07 MPa) para o Grupo 2 (dois) e (9,36 5.08) para o Grupo 1 (um). A carga de 60 N foi a que apresentou menores valores de resistência de união (9,47 2.64 MPa) para o Grupo 2 (dois) e (9,36 2.49) para o Grupo 1 (um). Houve diferença estatística entre a carga de 30 N do Grupo 2 (dois) e a carga de 60 N do Grupo 1 (um) e também entre a carga de 30 N do Grupo 2(dois) com a carga de 60 N do Grupo 2 (dois). O tipo de fratura foi analisado através de imagens obtidas em MEV e a falha do tipo mista foi predominante em ambos os grupos e cargas. Os resultados sugerem que diferentes cargas de cimentação podem interferir na resistência de união do cimento resinoso RelyX ARC e Rely X U100.

ASSUNTO(S)

odontologia materiais dentÁrios cimentaÇÃo (odontologia) resistÊncia dos materiais resinas compostas odontologia

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