Influência da salinidade e temperatura da água nas respotas comportamental e fisiológica de camarões marinhos Litopenaeus vannamei(BOONE 1931)

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

25/02/2011

RESUMO

Camarões Litopenaeus vannamei tem sido cultivados em ambientes bastante variáveis, especialmente no que se refere à salinidade e à temperatura da água. O ajuste dos animais a tais condições implica em modificações principalmente no comportamento, na fisiologia e em particular na resposta imune, podendo trazer prejuízos ao bem estar desses animais. Apesar da ampla utilização dessa espécie, pouco se conhece sobre suas respostas comportamentais e fisiológicas em condições estressantes. Dessa forma, o objetivo da pesquisa foi verificar a influência de diferentes salinidades e temperaturas no comportamento do camarão marinho L. vannamei, buscando sua relação com a contagem total dos hemócitos. Em laboratório, camarões juvenis foram mantidos em aquários com sistema fechado de recirculação de água, aeração e filtração contínua, substrato formado por areia fina e ciclo claro/escuro 12:12 h. As observações ocorreram 1, 4 , 7 e 10 h após o início de cada fase (de claro ou de escuro) do período de 24 h. Para avaliar a influência da salinidade, os camarões foram aclimatados a 2, 30 ou 50 ppm, enquanto as temperaturas testadas foram 18, 28 e 33 C. No final de cada bateria de observações (30 dias), foi realizada a coleta da hemolinfa dos camarões para posterior contagem total dos hemócitos (THC), parâmetro usado para avaliar o estresse. De um modo geral, o comportamento alimentar foi modificado na salinidade e temperatura mais baixa, encontrando-se valores reduzidos na alimentação, na exploração e no índice de enchimento do trato digestivo. A inatividade e o enterramento foram preponderantes nas condições extremas: 2 e 50 ppm e 18 e 33 C, encontrando-se também menor frequência de rastejamento nessas condições. Com relação ao ciclo claro/escuro, os camarões apresentaram maior atividade na fase de escuro (rastejamento e natação), enquanto o enterramento foi maior na fase de claro, independente da salinidade ou temperatura da água em que foram mantidos. Apenas a inatividade não variou em função do ciclo claro/escuro. Além disso, a contagem total dos hemócitos (THC) foi menor em 2 e 50 ppm e em 18 C. Dessa forma, o cultivo de L. vannamei em salinidades muito baixas ou elevadas e temperaturas inferiores aparentemente é crítico, sugerindo-se cultivar essa espécie em salinidades mais próximas àquelas do mar, bem como em temperaturas elevadas, o que parece ser ideal para um manejo voltado para o bem estar dos camarões, resultando, portanto, na obtenção de animais mais saudáveis

ASSUNTO(S)

meditação estresse memória e qualidade de vida biologia geral

Documentos Relacionados