Influência da insuficiência estrogênica e do uso de anti-inflamatórios sobre o deslocamento posterior funcional da mandíbula induzido na ATM de ratas / Influence of estrogen insufficiency and anti-inflammatory drugs on the functional posterior displacement of the mandible of female rats TMJ

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

20/10/2011

RESUMO

As desordens da articulação temporomandibular (DTM) estão associadas com o processo inflamatório, incluindo os componentes biológico e comportamental. O objetivo foi avaliar o efeito de dois anti-inflamatórios (parecoxibe e dexametasona) na morfologia da ATM e produção de interleucinas pro-inflamatórias em ratas ovariectomizadas (OVX), com ou sem deslocamento posterior funcional (DPFM). Foram utilizadas 72 ratas em quatro grupos: G1 - sem DPFM e não OVX; G2 - com DPFM e não OVX; G3 - sem DPFM e OVX; G4 - com DPFM e OVX. O DPFM da mandíbula foi induzido por meio de um dispositivo confeccionado com bandas ortodônticas nos incisivos superiores. Após 7 dias da indução do DPFM, as ratas foram tratadas com NaCl 0,9% (CONT) ou parecoxibe 0,3mg/kg/dia (PARE) ou dexametasona 0,1mg/kg/dia (DEXA), via intramuscular. Após 7 dias de tratamento, as ATM de ambos os lados foram retiradas em bloco. Uma das ATM foi submetida ao processamento histológico (hematoxilina-eosina). A ATM contralateral foi macerada e centrifugada e o sobrenadante submetido ao imunoensaio (ELISA) para avaliação das interleucinas IL1-beta e IL-6. A leitura foi feita por espectrofotometria. Todos os animais foram pesados com a mesma idade, previamente à sua morte. Foi possível observar que, independentemente do tratamento, as fêmeas que não foram submetidas ao DPFM mostraram variação de peso corporal em média (±erro padrão) de -0,41±0,72%; aquelas submetidas ao DPFM de -4,8±1,1%; as submetidas à OVX de 26,9±1,2% e aquelas submetidas ao DPFM e OVX de 8,3±2,5%. Estes dados em conjunto mostram que houve ganho de peso nos animais submetidos à OVX, mas não houve alteração de peso nos animais submetidos ao DPFM. O PARE e a DEXA diminuíram (Kruskal-Wallis, p<0,05) a área da cartilagem articular nos animais do Grupo sem-DPFM em relação ao controle, mas o PARE aumentou a área em relação à DEXA, não havendo diferenças entre ambos e o controle. Os tratamentos não influenciaram a concentração de IL1-beta no Grupo sem-DPFM, mas no Grupo com-DPFM, a concentração foi maior (Kruskal-Wallis, p<0,05) para DEXA. Nos demais Grupos não houve diferenças (p>0,05) entre os tratamentos. Independentemente do tratamento, a IL1-beta foi menor no Grupo sem-DPFM do que nos demais grupos. O nível de IL1-beta no Grupo com-DPFM foi maior do que no grupo sem- DPFM+OVX, mas não apresentou diferenças com o grupo com-DPFM+OVX, exceto para a DEXA. A concentração de IL-6 não foi afetada pelos tratamentos em nenhum dos quatro grupos. Entretanto, a comparação entre os grupos revelou que o Grupo com-DPFM apresentou maior concentração de IL-6, considerando todos os tratamentos. Não houve diferenças estatisticamente significantes entre os níveis de IL-6 dos Grupos sem-DPFM, sem-DPFM+OVX e com-DPFM+OVX. Os parâmetros histológicos não foram afetados pelo DPFM ou OVX, mas sim pelos tratamentos. Concluímos que o DPFM aumentou os níveis das interleucinas pró-inflamatórias IL1-beta e IL-6, sendo que as ratas com DPFM tiveram as concentrações das interleucinas atenuadas pela ovariectomia. Os anti-inflamatórios parecoxibe e dexametasona não interferiram com as concentrações das citocinas. A área da cartilagem articular não foi influenciada pelo DPFM, mas a associação ao PARE gerou aumento na área da cartilagem articular

ASSUNTO(S)

ovariectomia maloclusão ovariectomy malocclusion

Documentos Relacionados