Indicadores laboratoriais e ultrassonográficos preditivos de varizes esofágicas em crianças e adolescentes com hepatopatia crônica e obstrução extra-hepática da veia porta / Laboratory and ultrasonographic predictors of esophageal varices in children and adolescents with chronic liver disease and extra-hepatic portal vein obstruction

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

29/02/2012

RESUMO

Objetivo: Identificar preditores não invasivos de varizes esofágicas em crianças e adolescentes com hepatopatia crônica e obstrução extra-hepática da veia porta (OEHVP). Casuística e métodos: Estudo prospectivo que incluiu 53 crianças e adolescentes com hepatopatia crônica ou OEHVP, sem antecedente de hemorragia digestiva ou tratamento de varizes esofágicas (VE), com até 20 anos de idade. Dois grupos foram formados: grupo I (35 pacientes com hepatopatia crônica) e grupo II (18 com OEHVP). Foram realizados hemograma, RNI, albumina, bilirrubina total, ultrassonografia de abdome e endoscopia digestiva alta. O índice esplênico (IE) foi determinado dividindo a dimensão longitudinal do baço pelo limite superior dos valores de referência da literatura. As variáveis foram comparadas quanto à presença ou não de VE, varizes gástricas (VG) e gastropatia da hipertensão portal (GHP) através de análise univariada (? ², exato de Fischer e Wilcoxon) e multivariada (regressão logística). A acurácia foi determinada a partir da área sob a curva ROC. Resultados: As VE foram observadas em 48,5% dos pacientes do grupo I e em 83,3% do grupo II. Plaquetopenia (p=0,0015), esplenomegalia (p=0,0003), razão plaquetas/IE (p=0,0007), presença de shunt esplenorrenal (p=0,0329) e a espessura do ligamento venoso (p=0,0151) se mostraram indicadores preditivos de VE entre os pacientes do grupo I. Após análise multivariada, a plaquetopenia (odds=21,7) se manteve um indicador independente da presença de VE entre os pacientes com hepatopatia crônica. Entre os pacientes do grupo II observou-se diferença estatística quanto à presença de varizes na vesícula (p=0,0245) e espessura da parede da vesícula biliar (p=0,0289). O número de plaquetas (p=0,0369), o IE (p=0,0041) e a razão plaquetas/IE (p=0,0192) se mostraram indicativos de VG entre os pacientes do grupo I. A presença de plaquetopenia foi maior entre os pacientes do grupo II com VG (p=0,0216). GHP foi estatisticamente maior entre os pacientes do grupo I com plaquetopenia (p=0,0286), presença de shunt esplenorrenal (p=0,0384), menor razão plaquetas/IE (p=0,0369) e maior espessura do ligamento venoso (p=0,0226). Conclusões: O número de plaquetas, o índice esplênico, a razão plaquetas/IE, a presença de shunt esplenorrenal e a espessura do ligamento venoso foram indicativos de VE entre os pacientes com hepatopatia crônica. A presença de varizes na vesícula e maior espessura da parede da vesícula foram indicativos de VE entre os pacientes com OEHVP. Plaquetopenia, esplenomegalia e menor razão plaquetas/IE foram indicativos de VG entre os pacientes do grupo I. Plaquetopenia foi indicativa de VG entre os pacientes do grupo II. Plaquetopenia, presença de shunt esplenorrenal, RNI alargado, menor razão plaquetas/IE e maior espessura do ligamento venoso foram indicativos de GHP entre os pacientes com hepatopatia crônica.

ASSUNTO(S)

hipertensão portal esplenomegalia plaquetas (sangue) vesicula biliar cirrose hepática portal hypertension splenomegaly blood platelets galbladder liver cirrhosis

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