Triagem in vitro da atividade antibacteriana de Bidens pilosa Linné e Annona crassiflora Mart. contra Staphylococcus aureus resistente à oxacilina (ORSA) provenientes do ambiente aéreo na clínica odontológica

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Inst. Med. trop. S. Paulo

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-07

RESUMO

Atualmente Staphylococcus aureus multirresistente é causa comum de infecções com altas taxas de morbidade e mortalidade mundialmente, o que direciona esforços científicos na busca de novos antimicrobianos. Neste estudo, nove extratos de Bidens pilosa (raiz, caule, flor e folhas) e de Annona crassiflora (casca do fruto, caule, folha, semente e polpa) foram obtidos com etanol:água (7:3, v/v) e suas atividades antibacteriana in vitro avaliadas através de difusão em agar e microdiluição em caldo contra 60 cepas de Oxacillin Resistant S. aureus (ORSA) e contra S. aureus ATCC 6538. Os extratos de B. pilosa e A. crassiflora inibiram o crescimento dos isolados ORSA em ambos os métodos. O extrato da folha de B. pilosa apresentou média dos diâmetros dos halos de inibição significativamente maior que a clorexidina 0,12%, contra os isolados ORSA, e os extratos foram mais ativos contra S. aureus ATCC (p < 0,05). Paralelamente, teste de toxicidade pelo método MTT e triagem fitoquímica foram avaliadas, e três extratos (raiz e folha de B. pilosa e semente de A. crassiflora) não apresentaram toxicidade. Por outro lado, as concentrações citotóxicas (CC50 e CC90) para os outros extratos variaram de 2,06 a 10,77 mg/mL. Observou-se variável presença de alcalóides, flavonóides, taninos e saponinas, apesar de total ausência de antraquinonas. Portanto, os extratos das folhas de B. pilosa revelaram boa atividade anti-ORSA e não exibiram toxicidade.

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