Importância da transmissão oxidonitrérgica central na modulação dos ajustes termorregulatórios e sobre a ativação de áreas hipotalâmicas induzida pelo exercício físico submáximo em esteira
AUTOR(ES)
Paulo Marcelo de Andrade Lima
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
18/11/2011
RESUMO
Estudos anteriores em nosso laboratório demonstraram que a transmissão oxidonitrérgica central é importante para os ajustes termorregulatórios durante o exercício de corrida em esteira, e consequentemente, para melhora do desempenho físico. Porém, as áreas cerebrais envolvidas nesses mecanismos ainda não são conhecidas. Por outro lado, o exercício físico, de acordo ao seu tipo, intensidade e duração, ativa diversas áreas cerebrais, dentre elas, os núcleos paraventricular (PVN) e supra-óptico (SON) hipotalâmicos. Esses núcleos além de expressarem a enzima óxido nítrico sintase (NOS), estão envolvidos na regulação autonômica da temperatura corporal, da atividade cardiorrespiratória e das funções hormonais que necessitam serem ajustadas durante o exercício físico. O objetivo do presente trabalho foi verificar se o PVN e SON estariam envolvidos nos ajustes termorregulatórios e no desempenho físico mediados pelo óxido nítrico (NO) central. Para isso, foi feita a injeção intracerebroventricular (i.c.v.) de 1,43 mol de N-nitro-L-arginina metil éster (L-NAME inibidor competitivo da NOS) ou 0,15 M NaCl (SAL como controle) em ratos submetidos ao exercício agudo submáximo em esteira (18 m.min-1, 5% inclinação) até a fadiga. Foi realizado o registro contínuo da temperatura da cauda (Tt) e da temperatura corporal interna (Ti). Finalizada a sessão de exercício, aguardou-se 90 minutos e então, os animais foram eutanasiados por meio de perfusão transcardíaca. Os cérebros foram removidos e processados para quantificação da expressão da proteína c-Fos (indicador da ativação neuronal) no PVN e SON. O exercício físico aumentou em 656% (p <0.001) a expressão de neurônios imunorreativos a c-Fos no PVN, e em 136% no SON (p <0.05) quando comparado aos animais do grupo repouso. Entretanto, o tratamento com L-NAME atenuou em 53% a ativação neuronal induzida pelo exercício no PVN (p <0.05), mas não no SON (p = 0.42). Como esperado, o tratamento com L-NAME reduziu em 42% o desempenho físico (p <0.01), que foi acompanhado por uma menor capacidade de vasodilatação da cauda e maior taxa de acúmulo de calor (HSR) (10.74 ± 2.05 cal/min L-NAME vs. 15.25 ± 2.21 cal/min SAL, p <0.01) quando comparados ao grupo SAL. A expressão de neurônios imunorreativos a c-Fos no PVN foi diretamente associada com o desempenho físico (r = 0.917, p <0.01) e com a maior variação da temperatura da cauda (MVTt) no grupo SAL (r = 0.978, p <0.05) e inversamente relacionada com a HSR (r = -0.739, p <0.05). Esses resultados indicam que a inibição do NO central atenua a expressão de neurônios imunorreativos a c-Fos no PVN induzida pelo exercício e, possivelmente, essa menor ativação prejudica a regulação autonômica para os mecanismos de dissipação de calor, antecipando a fadiga
ASSUNTO(S)
farmacologia teses. fisiologia teses.
ACESSO AO ARTIGO
http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8PKKZ8Documentos Relacionados
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