IDOSOS EM TRATAMENTO FARMACOLÓGICO ANTI-HIPERTENSIVO: parâmetros para o cuidado clínico de Enfermagem

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

OLIVEIRA, Célida Juliana de. Idosos em tratamento farmacológico anti-hipertensivo: parâmetros para o cuidado clínico de Enfermagem. 2007. 128 f. Dissertação (Mestrado em Cuidados Clínicos em Saúde) Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação. Universidade Estadual do Ceará. 2007. Os idosos constituem uma clientela que requer constante atenção da enfermagem por ser uma parcela populacional em crescimento demográfico intenso e suas características de saúde peculiares. O objetivo foi avaliar idosos em tratamento anti-hipertensivo com vistas a posteriormente subsidiar o cuidado de Enfermagem a esse grupo. O estudo foi do tipo descritivo, transversal, com natureza quantitativa, realizado junto a um grupo de idosos vinculado à Secretaria de Assistência Social e à Secretaria de Saúde do município de Fortaleza/Ceará. A amostra foi constituída por 54 idosos, de ambos o sexos, que estavam em tratamento farmacológico para hipertensão arterial. A coleta de dados se deu entre agosto e setembro de 2007 onde foi instituído um formulário de identificação geral do idoso e de seu tratamento, além de aplicada uma escala para avaliação da adesão terapêutica e calculado o risco coronariano. Foram realizadas análises descritivas e estatísticas dos dados obtidos. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual do Ceará, sob o protocolo No 07290341-4. As características sócio-demográficas prevalentes foram: sexo feminino (74,1%); faixa etária entre 70 e 79 anos (48,1%); casados (50%); escolaridade inferior a oito anos de estudos (46,3%); renda mensal de um salário mínimo (51,9%). Quanto às características clínicas teve-se: idosos com sobrepeso (44,4%); circunferência abdominal aumentada (74,1%); presença de valores não controlados da pressão arterial entre 22 e 25%; tratamento farmacológico monoterápico em 50% dos idosos, com uso principal de hidroclorotiazida e captopril; presença de reações adversas aos anti-hipertensivos em 64,8% dos idosos (principalmente poliúria, tosse seca e boca seca). O risco coronariano prevalente foi o moderado (55%) e o grau de não-adesão terapêutica verificado foi a não-adesão leve (59%). Houve associação estatística entre o sexo masculino e maior risco coronariano (p=0,008), não realização de atividades físicas com menor adesão (p=0,000), não-adesão moderada com maior risco coronariano (p=0,023), valores elevados da PA sistólica com maior risco coronariano (p1 = 0,020; p2 = 0,028; p3 = 0,019) e menor adesão (p1 = 0,000; p2 = 0,008; p3 = 0,000), e os valores elevados da pressão diastólica com menor adesão terapêutica (p1 = 0,007; p3 = 0,046). Conclui-se que, apesar dos idosos mostrarem-se com estado de saúde cardiovascular regular, muito pode ser feito pela enfermagem para ampliar seu cuidado. O enfermeiro deve elaborar estratégias para incentivar o idoso a se sentir co-responsável por seu tratamento, mantendo hábitos de vida saudáveis, além de auxiliá-lo a melhorar alguns aspectos de saúde deficitários, visando minorar complicações decorrentes de reações adversas medicamentosas e, com isso, melhorar sua adesão à terapêutica instituída, intervindo nos fatores de risco modificáveis de desenvolvimento de doenças cárdio-cerebrovasculares, reduzindo a morbi-mortalidade dos idosos

ASSUNTO(S)

antihypertensive agents idosos elderly anti-hipertensivos. enfermagem enfermagem hypertension nursing hipertensão

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