Identificação de compostos orgânicos voláteis de vinhos brasileiros de diferentes castas por microextração em fase sólida
AUTOR(ES)
Fernandes, Natália Cristina Morais, Gomes, Fátima de Cássia Oliveira, Garcia, Cleverson Fernando, Vieira, Mariana de Lourdes Almeida, Machado, Ana Maria de Resende
FONTE
Braz. J. Food Technol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2018
RESUMO
Resumo A indústria vinícola brasileira apresentou crescimento significativo nos últimos anos e a inserção de conceitos ‒ como, por exemplo, indicações geográficas como sinais de qualidade ‒ colocou o Brasil em sintonia com as tendências da produção mundial. Este trabalho objetivou aplicar a técnica de microextração em fase sólida em combinação com a cromatografia gasosa-espectrometria de massa, para analisar vinhos brasileiros produzidos com diferentes variedades de uva, a fim de separar e identificar seus compostos orgânicos voláteis. Estes foram identificados por meio de comparações entre os espectros obtidos e os da base de dados da biblioteca do National Institute of Standards and Technology (NIST), e por comparações com índices de retenção linear e dados da literatura. A quantidade de compostos baseou-se nas áreas de pico total de cromatogramas. Quarenta e sete compostos voláteis foram identificados e agrupados em álcoois, aldeídos, ácidos graxos, ésteres, hidrocarbonetos, cetonas e terpenos. A maioria pertencia à função éster, conferindo aroma frutado aos vinhos. Os álcoois podem ter se originado a partir do metabolismo da levedura, contribuindo para aromas alcoólicos e florais. Lactato de etila, 1-hexanol e maleato de dietila foram identificados em todas as variedades de vinho, exceto Merlot. Decanal, citronelato de metila, 3-metilbutirato de (E)-2-hexenila foram encontrados apenas em Merlot, ao passo que 2,3-butanodiol, somente em vinhos Tannat. O composto 2-Feniletanol foi encontrado em todas as amostras e é reconhecido por conferir agradáveis aromas de rosa e mel aos vinhos. Este estudo evidenciou que o perfil volátil dos vinhos tintos é caracterizado, principalmente, por ésteres e álcoois superiores. Análises estatísticas de comparação de médias mostraram uma maior quantidade de médias significativamente distintas das áreas relativas para o vinho Merlot. A análise de componentes principais mostrou que um grupamento foi formado apenas por amostras de vinho Merlot, o que está provavelmente relacionado à existência de compostos orgânicos voláteis que foram, especificamente, identificados nestes vinhos.
ASSUNTO(S)
vinhos brasileiros compostos químicos spme gc-ms perfil de compostos voláteis vinhos tintos
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