GEOGRAPHY AND HEALTH: spatial analysis of the occurrence of schistosomiasis in the rice growing area of ​​the county of Ilha das Flores-Se/Br. / GEOGRAFIA E SAUDE: análise espacial da ocorrência da esquistossomose na área de rizicultura do município de Ilha das Flores-Se/Br.

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

22/05/2012

RESUMO

A esquistossomose é uma doença milenar e se constitui em um problema mundial de Saúde Pública. Segundo a Organização Mundial de Saúde OMS (2009) estima-se haver 235 milhões de casos de esquistossomose, com 732 milhões de pessoas em risco de infecção em áreas de transmissão conhecida em todo o mundo. No Brasil, a doença é encontrada, principalmente na região nordeste e no estado de Minas Gerais. De acordo com dados do Ministério da Saúde MS (2009), o estado de Sergipe apresenta uma das maiores prevalência e incidência da doença na Federação. São detectadas áreas de alta endemicidade, á exemplo do município de Ilha das Flores, objeto de estudo desta dissertação, o qual apresentou cerca de 46,5% de infectados da população analisada no ano de 2007. Sabe-se que a área em estudo destaca-se como grande produtora de arroz irrigado no Nordeste, sendo esta atividade de grande expressão econômica e de amplo valor estratégico para o município. Entretanto, devemos considerar que as áreas de irrigação são mundialmente reconhecidas como importantes focos de transmissão da esquistossomose, pois, estas apresentam condições propícias à criação dos moluscos e de disseminação da infecção pelo S. mansoni. Partindo desta hipótese, o estudo objetiva analisar o dinamismo espacial dos fatores que, somados à irrigação, potencializam para tornar o referido município endêmico. Visando a alcançar o objetivo proposto, inicialmente, identificou-se a prevalência da doença no município através de inquérito epidemiológico com 500 munícipes no período de 2009 á 2010. Em seguida, a partir do diagnóstico dos condicionantes ambientais, socioeconômicos e culturais, por intermédio de trabalhos de campo, de análises geoestatísticas e espaciais, e da confecção dos mapas temáticos, obteve-se a vulnerabilidade à ocorrência da doença. Dos 500 indivíduos que fizeram parte deste estudo, 120 foram positivos para esquistossomose, o que corresponde a 24% do universo amostral. A partir dos individuos positivos, o modelo multinominal de análise espacial, estimador de densidade Kernel, espacializou as áreas mais vulneráveis a ocorrência da doença, sendo pontuadas áreas em que a qualidade de vida é precária. Ao sobrepor os resultados da geologia, pedologia e geomorfologia à caracterização de uso da terra, notou-se que a incidência da doença da-se na zona da planície fluviolagunar, área predominantemente agrícola e onde se localizam as áreas urbanas do município. Sendo possível associar a ocorrência da doença no município ao trabalho na lavoura irrigada e a existência de características ecológicas favoráveis à proliferação dos caramujos (hospedeiros intermediários do S. mansoni). As análises geoestatísticas ratificaram as informações supracitadas ao estabelecerem padrões que identificaram populações mais suscetíveis à infecção, em que foram identificadas associações entre S. mansoni e: ser do sexo masculino, 65,2% dos positivos; ter baixo nível de escolaridade; ter baixa renda (renda familiar

ASSUNTO(S)

geografia e saude esquistossomose geoprocessamento geografia geograph and health schistosomiasis gis

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