Gel de quitosana à 2% na cicatrização de feridas cutâneas em ratas diabéticas / 2% chitosan hydrogel on the wound healing of diabetic rat

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

28/02/2012

RESUMO

A dificuldade de cicatrização de feridas é uma das principais complicações decorrentes do diabetes mellitus que torna o processo cicatricial mais lento e o tratamento mais dispendioso. A quitosana tem sido estudada quanto à sua capacidade de acelerar a cicatrização e vem sendo testada na terapia de lesões de difícil cicatrização como as dos pacientes diabéticos. Cinquenta e quatro ratas Wistar foram separadas aleatoriamente em três grupos com 18 animais cada, que foram subdivididos em três subgrupos (n=6) correspondentes aos períodos de avaliação pós-operatória (7, 14 e 21 dias). Todos os indivíduos foram submetidos à indução experimental de diabetes por única aplicação intraperitoneal de aloxana na dose 120mg/kg. Após comprovado o estado diabético, procedeu-se a anestesia e a confecção de feridas cutâneas na região dorsal dos animais. O grupo controle (GC) recebeu solução fisiológica sobre as feridas. Já o grupo GA foi tratado com óleo à base de ácidos graxos essenciais e o GQ com gel de quitosana a 2% caracterizado e padronizado para este estudo. Análises macroscópicas, histológicas e histomorfométricas foram realizadas a fim de acompanhar o processo cicatricial. A cicatrização das feridas tratadas com quitosana apresentou-se mais acelerada que a dos demais grupos aos 14 e 21 dias de pós-operatório, sendo o grupo controle o que apresentou menor porcentagem de contração da ferida. Diferença estatística foi encontrada aos 14 dias entre o GQ e o GC na análise macroscópica (p=0,02). Histologicamente, observou-se adiantamento na reepitelização do GA e do GQ em relação ao GC aos 7 e 14 dias, bem como presença de polimorfonucleares no GQ aos sete dias e mononucleares nos demais grupos neste período. Fibroblastos e colágeno se mostraram predominantes em todos os grupos no período de 21 dias, caracterizando a fase final de cicatrização. A metodologia utilizada para a confecção do gel de quitosana 2% produziu fármaco com qualidades técnicas adequadas para o uso tópico. Este tratamento mostrou-se satisfatório visto que acelerou a cicatrização das lesões quando comparada à dos animais tratados com solução fisiológica e óleo de ácidos graxos essenciais. O protocolo proposto torna-se uma alternativa promissora e economicamente viável para o tratamento de feridas diabéticas

ASSUNTO(S)

diabetes mellitus tipo 1 hidrogel reparo cutâneo clinica e cirurgia animal diabetes mellitus type 1 hydrogel cutaneous repair

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