Frequência fundamental, tempo máximo de fonação e queixas vocais em mulheres com obesidade mórbida

AUTOR(ES)
FONTE

ABCD, arq. bras. cir. dig.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-03

RESUMO

Racional: Sujeitos obesos apresentam deposição anormal de gordura no trato vocal que podem interferir nos parâmetros acústicos da voz e consequente queixa vocal. Objetivo: Verificar a frequência fundamental, o tempo máximo de fonação e as queixas vocais de mulheres com obesidade mórbida. Métodos: Estudo observacional, transversal e descritivo. Participaram 44 mulheres com obesidade mórbida, idade média de 42,45 (±10,31) anos de idade como grupo estudo e 30 mulheres sem obesidade, grupo controle, com média de 33,79 (±4,51) anos de idade. A gravação da voz foi realizada em ambiente silencioso, em laptop utilizando o programa ANAGRAF de análise acústica dos sons da fala. Para extrair os valores de frequência fundamental foi solicitado a emissão da vogal /a/ em intensidade e altura habituais, por um período em média de três segundos. Após a gravação da voz, foi solicitado a produção sustentada das vogais [a], [i] e [u] em intensidade e altura habituais, utilizando-se de cronômetro para mensurar o tempo que cada participante podia sustentar cada vogal. Resultados: As mulheres com obesidade mórbida, na sua maioria 31(70,5%) apresentaram queixa vocal, com percentual maior para as queixas de cansaço ao falar 20(64,51%) e falhas na voz 19(61,29%) seguidos de ressecamento na garganta 15(48,38%) e esforço ao falar 13(41,93%). Não houve diferença estatísticamente significante da média da frequência fundamental da voz em ambos os grupos; no entanto houve diferença significante na média do tempo máximo de fonação entre os dois grupos. Conclusão: O aumento de tecido adiposo no trato vocal interferiu nos parâmetros vocais do grupo analisado.

ASSUNTO(S)

obesidade mórbida voz tecido adiposo cirurgia bariátrica

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