Frequência de sintomas no último ano de vida de idosos de baixa renda em São Paulo: estudo transversal com cuidadores informais
AUTOR(ES)
Solano, João Paulo Consentino, Scazufca, Márcia, Menezes, Paulo Rossi
FONTE
Revista Brasileira de Epidemiologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2011-03
RESUMO
O crescimento da população idosa brasileira fez aumentar a prevalência de doenças crônicas e o número de pessoas sofrendo de diversos sintomas ao final da vida. Este estudo objetivou entrevistar cuidadores de idosos falecidos, investigando a presença, intensidade e duração de sintomas no último ano, e se os mesmos foram tratados. Arrolaram-se idosos por inquérito domiciliar de base populacional em setores de baixa renda do Butantã, São Paulo. Eram elegíveis os idosos falecidos durante o período de dois anos de seguimento. Oitenta e um cuidadores foram entrevistados entre três e 16 meses pós-óbito e responderam um questionário sobre onze sintomas. Os sintomas mais referidos foram dor (78%), fadiga (68%), dispnéia (60%), depressão e anorexia (58% cada). Dor, dispnéia e fadiga foram os mais intensos. Dor, fadiga e depressão duraram 6 meses ou mais. Ficaram sem tratamento 79% dos idosos com depressão, 77% daqueles com incontinência urinária e 67% daqueles com ansiedade. É necessário implementar conceitos e ações de cuidados paliativos para dar aos idosos mais dignidade e qualidade ao final da vida.
ASSUNTO(S)
idoso sintomas prevalência cuidados de conforto cuidados a doentes terminais
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