Fístula linfática após esofagectomia: o que fazer?

AUTOR(ES)
FONTE

ABCD. Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva (São Paulo)

DATA DE PUBLICAÇÃO

2007-06

RESUMO

RACIONAL: As lesões do ducto torácico ocasionando quilotórax são pouco freqüentes e ocorrem durante procedimentos torácicos e traumas, tais como esofagectomias, procedimentos cirúrgicos mediastinais e pleuro-pulmonares. A operação está indicada se não houver resolução espontânea. OBJETIVO: Analisar a fístula linfática como complicação de esofagectomias para doenças malignas e benignas. MÉTODOS: Sete doentes com idade média de 42 anos, sendo cinco masculinos, apresentaram quilotórax no pós-operatório de esofagectomias realizadas para o carcinoma epidermóide (cinco casos) e megaesôfago chagásico avançado (dois casos). A nutrição parenteral total foi indicada em todos os pacientes. RESULTADOS: A drenagem média foi de 2700 mL/dia, e a pleurodese foi o primeiro procedimento preconizado, com resultados pouco satisfatórios. Procedimento cirúrgico foi indicado na persistência da fístula. Três doentes foram submetidos à videotoracoscopia direita e em um deles houve necessidade de reintervenção por toracotomia direita. No outro caso, houve necessidade de conversão imediata para toracotomia direita. E no último, por meio da videotoracoscopia, o ducto torácico foi identificado e ligado. Os demais casos foram submetidos à toracotomia direita. A evolução pós-operatória foi favorável para os seis doentes operados, que receberam alta hospitalar após período médio de internação de 36 dias. Um doente com carcinoma faleceu (15%) por complicações decorrentes de cirrose hepática. CONCLUSÕES: A fístula linfática pós-esofagectomia é complicação grave, que determina déficit nutricional significativo e exige com freqüência tratamento operatório para ligadura do ducto, sendo a videotoracoscopia a primeira escolha.

ASSUNTO(S)

fístula quilotórax ducto torácico esofagectomia

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