Fatores de risco para otite média aguda recorrente: onde podemos intervir? - uma revisão sistemática da literatura

AUTOR(ES)
FONTE

Jornal de Pediatria

DATA DE PUBLICAÇÃO

2006-04

RESUMO

OBJETIVO: Revisar evidências sobre fatores de risco modificáveis para otite média aguda recorrente. FONTE DOS DADOS: MEDLINE sem restrição de linguagem de janeiro de 1966 até julho de 2005, utilizando descritores "acute otitis media/risk factors". Obtiveram-se 257 artigos. Desses, incluíram-se ensaios clínicos randomizados, coortes, estudos de caso-controle e transversais que tiveram análise dos fatores de risco modificáveis para desenvolvimento de otite média aguda recorrente como objetivo principal e com amostras de indivíduos de até 18 anos. Excluíram-se, exceto quando relevantes, revisões não-sistemáticas, relatos de casos e série de casos, além de diretrizes de sociedades médicas. SÍNTESE DOS DADOS: Identificaram-se nove fatores de risco ligados ao hospedeiro e oito ligados ao ambiente. Do primeiro grupo, classificaram-se como modificáveis alergia, anormalidades craniofaciais, refluxo gastroesofágico e presença de adenóides. Na segunda categoria, incluíram-se infecção de vias aéreas superiores, cuidados em creches, presença de irmãos/tamanho da família, fumo passivo, aleitamento materno e uso de chupetas. Posteriormente, classificaram-se os fatores de risco de acordo com níveis de evidência. CONCLUSÕES: Os fatores de risco estabelecidos para otite média aguda recorrente e passíveis de intervenção foram uso de chupetas e cuidados em creche. Os fatores de risco prováveis foram privação do leite materno, presença de irmãos, anormalidades craniofaciais, fumo passivo e presença de adenóides. Nenhum fator modificável foi classificado como pouco provável. Entre os que precisam ser melhor estudados estão alergia, refluxo gastroesofágico e fumo passivo na gestação.

ASSUNTO(S)

otite média aguda fatores de risco revisão

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