ExpressÃo de proteÃnas do plasma seminal em carneiros das raÃas santa ines e morada nova: associaÃÃoes com parÃmetros seminais , influencia de fontes de proteÃnas e de nitrogÃnio nÃo proteico nas dietas. / Expression of seminal plasma proteins in Santa InÃs and Morada Nova rams: associations with semen parameters and influence of protein sources and non-protein nitrogen in the diets.

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

30/09/2011

RESUMO

O Nordeste brasileiro possui aproximadamente quase metade do rebanho ovino brasileiro, estimado em vinte milhÃes de animais. Das raÃas aqui criadas, destacam-se as raÃas Santa InÃs e Morada Nova que tÃm bom desenvolvimento corporal, ganho de peso e boa adaptaÃÃo ao clima tropical. Recentemente mostrou-se o perfil protÃico de carneiros maduros atravÃs das tÃcnicas de eletroforese bidimensional associada à espectrometria de massa, onde vÃrias proteÃnas foram identificadas, entre elas as RSVPs 14 e 22 kDa, pertencentes à famÃlia das BSPs e as bodesinas â 1 e 2, que fazem parte da famÃlia das espermadesinas, bem como as alteraÃÃes que sofre o perfil protÃico do plasma seminal dos animais durante o desenvolvimento reprodutivo, simultaneamente a mudanÃas nos parÃmetros de motilidade e concentraÃÃo espermÃtica, embora a associaÃÃo entre a expressÃo protÃica dessas proteÃnas com parÃmetros reprodutivos e medidas testiculares ainda nÃo tenham sido feitas no nordeste do Brasil. Amostras de sÃmen foram coletadas de 21 carneiros adultos Santa InÃs e 11 da raÃa Morada Nova com normalidade reprodutiva e idade mÃdia de dois anos. O plasma seminal foi obtido atravÃs da centrifugaÃÃo e submetido à eletroforese bidimensional, sendo os spots que diferiram estatisticamente entre os grupos de animais de alta (G1) e baixa motilidade (G2) foram digeridos com tripsina e submetidos a espectometria de massa e pesquisa em banco de dados para identificaÃÃo. Os gÃis foram corados com Cromassie coloidal, digitalizados e analisados no aplicativo PDQuest e as quantidades dos spots estimados quantitativamente. Avaliaram-se, entÃo, associaÃÃes estatÃsticas entre estas variÃveis e os parÃmetros reprodutivos como, circunferÃncia escrotal (CE), percentual de cÃlulas mÃveis (PEM) e total de defeitos espermÃticos maiores (TDM) dos animais Santa InÃs e CircunferÃncia escrotal (CE), Motilidade Individual Progressiva (MIP), Percentual de cÃlulas mÃveis (PEM), ConcentraÃÃo espermÃtica (CONC) e Motilidade Massal (MM) para os animais Morada Nova. Em mÃdia foram detectados 236Â7,65 spots por gel, de acordo com o pareamento gerado pelo aplicativo PDQuest para a raÃa Santa InÃs e 261 15,09 spots por gel do plasma seminal dos animais Morada Nova, variando entre 182 e 375 spots por gel. Para a raÃa Santa InÃs um total de 63 spots foi identificado consistentemente em todos os gÃis, o que representou 41,5% da intensidade todos os spots detectados. Para os animais Morada Nova, um total de 98 spots foram detectados de forma consistente em todos os gÃis. A intensidade desses spots somou 60,82% da intensidade de todos os spots mostrados no gel master. Foi observado a grande expressÃo de proteÃnas de baixo peso molecular (14,5 a 18,4 kDa) e pI variando de 4,2 a 5,9.para a raÃa Santa InÃs. Do total mÃdio de 236 spots encontrados, treze spots apresentaram diferenÃa significativa (p<0,05) entre animais de alta e baixa motilidade, sendo dez spots mais intensos em animais de alta motilidade e trÃs em animais de baixa motilidade. ApÃs digestÃo dos spots e identificaÃÃo por espectometria de massa esses spots foram identificados como as proteÃnas Arilsulfatase A e Zinco alfa 2 glicoproteÃna, mais intensas no G1 e RSVP-22 e Bodesina-2 com maior expressÃo no grupo G2. Para a raÃa Morada Nova , quatro spots apresentaram diferenÃa significativa (p<0,05) para o parÃmetro percentual de cÃlulas mÃveis (PEM). ApÃs digestÃo dos spots e identificaÃÃo por MALDI-Tof-Tof, foram identificadas as proteÃnas RSVP-14, RSVP-22, ProteÃna α-1 do complexo-t e aldose redutase, sendo todas mais intensas em animais de alta motilidade (G1). Em um segundo estudo, foi avaliada a influÃncia de diferentes fontes de proteÃna da dieta (farelo de soja, feno de folha de leucena e torta de algodÃo) e de nitrogÃnio nÃo- protÃico (urÃia) sobre o peso corporal, desenvolvimento testicular e qualidade espermÃtica dos animais estudados, bem como a expressÃo de proteÃnas no plasma seminal dos animais potencialmente relacionadas Ãs dietas. Foram utilizados 20 cordeiros da raÃa Morada Nova com idade variando entre 24 e 39 semanas. Para os critÃrios de desenvolvimento testicular (cirrcunferÃncia escrotal, espessura testicular, largura testicular e comprimento testicular) nÃo houve diferenÃa significativa (p<0,05). ao final do perÃodo experimental Animais alimentados com torta de algodÃo tiveram um aumento significativo do peso corporal (p<0,05), quando comparado com feno de leucena. No mesmo perÃodo, o peso corporal dos animais alimentados com feno de leucena, soja e urÃia foi semelhante. DiferenÃas entre os tratamentos (p <0,05) foram observadas apenas para motilidade progressiva individual e defeitos totais. O sÃmen dos animais alimentados com dietas contendo feno de leucena apresentou baixa motilidade progressiva individual quando comparados aqueles alimentados com dietas contendo farelo de soja. No entanto, animais alimentados com dietas contendo torta de algodÃo e urÃia tinham valores semelhantes para a motilidade progressiva. Quando os defeitos totais foram analisados, houve uma diferenÃa significativa entre os grupos de feno de leucena e urÃia. Foi detectado uma quantidade de 246,6  13,9, 236,0  12,4, 261,2  20,2 e 243,8  20,5 spots por gel nos grupos de farelo de soja, feno de folhas de leucena, torta de algodÃo e urÃia, respectivamente. NÃo houve diferenÃas significativas no nÃmero de spots por gel, entre os grupos. DiferenÃas significativas (p <0,05) foram observadas nas intensidades de doze spots dos mapas protÃicos. Foi observado um aumento da expressÃo do spot S8707 (62,8 kDa, pI 6,9 ) em animais alimentados com feno de folhas de leucena, quando comparados Ãqueles alimentados com farelo de soja, bem como correlaÃÃo negativa com a motilidade progressiva individual (MPI). Estas observaÃÃes indicam que fatores presentes no feno de folhas de leucena promovem um aumento na expressÃo da proteÃna (S8707), o que provavelmente provoca alteraÃÃes deletÃrias no mecanismo que controla a motilidade progressiva da cÃlula espermÃtica, jà que neste grupo observou-se valores mais baixos para MPI.

ASSUNTO(S)

reproducao animal proteÃnas plasma seminal carneiros nutriÃÃo proteins seminal plasma rams nutrition ovino - reproduÃÃo carneiro - nutriÃÃo ovinocultura

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