Evaluation of trauma severity on motorcycle drivers affected by traffic accidents in Rio Grande do Norte / Avaliação da gravidade do trauma em condutores de motocicleta vítimas de acidentes de trânsito no Rio Grande do Norte

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

Estudo exploratório descritivo, prospectivo, com abordagem quantitativa, realizado no Complexo Hospitalar Monsenhor Walfredo Gurgel (HMWG), Natal/RN, com o objetivo de identificar as lesões por região corpórea e natureza das lesões em condutores vítimas de acidentes de motocicleta, avaliar a gravidade das lesões e do trauma desses condutores e identificar a existência de associação entre a gravidade da lesão, do trauma e algumas características do acidente. A população constou de 371 condutores de motocicleta, com dados coletados de outubro a dezembro de 2007. Utilizamos como instrumento a Abbreviated Injury Scale (AIS), Injury Severity Score (ISS) e Escala de Coma de Glasgow (ECGl). Os resultados mostram que quanto à caracterização, houve predominância do sexo masculino (88,40%), entre 18 e 24 anos (39,90%), procedentes da grande Natal (55,79%), com ensino fundamental (51,48%), católicos (75,78%), casados (47,98%). 23,18% exercem atividades ligadas ao comércio e 75,20% possuem renda de ate 2 salários mínimos. Quanto às características do acidente, o turno predominante foi o vespertino (46,36%), admitidos em até 1 hora após o evento (50,67%), transportados por ambulâncias do interior, colegas e familiares (51,21%), 25,34% foram acidentados no domingo; 53,91% sofreram quedas e capotamentos; dentre as colisões destacou-se aquelas entre moto-carro (28,03%); 52,6% eram habilitados e destes, 50,76% tinham no máximo 1 ano de habilitação; 65,50% disseram não ter sofrido acidentes anteriores; estar usando capacete no momento do acidente, 65,77%, não utilizou droga (57,41%) e dos que usaram, o álcool foi a mais consumida (98,10%). A pontuação mais baixa avaliada pela ECGl (3 a 8), foram atribuídas aos condutores acidentados no sábado (10,13%), aqueles que não utilizavam capacete (14,29%) e as vítimas de colisão moto-pedestre/ animal (13,33%). As regiões corpóreas mais atingidas tiveram AIS entre 1 e 3 (95,76%) e foram assim distribuídas: superfície externa (39,90%) e cabeça/ pescoço (33,20%). Quanto a gravidade do trauma, os escores ,mais altos (ISS >25) ocorreram entre os que consumiram álcool (30,73%), sofreram queda ou capotamento (48,98%) e aqueles que foram atendidos 3h ou mais após o acidente (50%). Concluímos que para os condutores de motocicleta vítimas de acidente, a idade, sexo, dia da semana, tipo de acidente, uso de drogas e o não uso de capacete, tempo transcorrido entre o evento e o atendimento hospitalar, sinalizam tanto para o risco de ocorrência desses eventos, quanto para maior gravidade das lesões e do trauma.

ASSUNTO(S)

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