Estudo do comportamento de CrO3 em HCIO4 concentrado

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DATA DE PUBLICAÇÃO

1993

RESUMO

O sistema CrO3/HCIO4 concentrado (70%) e a redução do Cr(VI) em meio ácido foram estudados, utilizando-se espectrofotometria UV/VIS e Cr-51 como marcador, numa ampla faixa de temperatura. Verificou-se, por medidas de solubilidade de CrO3 em HCIO4 (70-72%) entre 50 e 194°C, que o processo de solubilização está intimamente relacionado com o de redução ácida de Cr(VI) no sistema, processos estes que ocorrem simultaneamente e são dependentes da temperatura e da quantidade de Cr(VI) no sistema. Com maiores quantidades de CrO3, apenas uma pequena fração de Cr(VI), restante na fase ácida durante o resfriamento ou na superfície dos cristais, está sujeita à redução. Para quantidades menores, uma fração muito maior de Cr(VI) resta em solução e, com o resfriamento, onde o processo de redução torna-se importante, temos solubilidades aparentes maiores. Assim, para sistemas com uma fração molar relativamente grande de cromo (c = 0,0190), inicialmente na forma de CrO3, a "solubilidade aparente" (Cr total em solução) cai de 4,50 g/L à 190°C para 0,23 g/L à 96°C, e para frações menores (c <0,0065) atinge até 14,70 g/L a 194°C e 0,50 g/L a 50°0. Utilizando-se o método da precipitação de Cr(VI) como PbCrO4, verifica-se que a 194°C, 97% do cromo total em solução está na forma (VI); a 86°C, após 30 minutos em banho termostatizado, temos 5% de Cr(VI) e, a 50°C, observamos apenas 2,5% de cromo nesta forma, sendo o restante convertido a Cr(III). Nota-se também, por medidas espectrofotométricas, que a redução continua a ocorrer mesmo depois que alíquotas tomadas do sistema são diluídas em grande volume de água e mantidas à temperatura ambiente. O H2O2, quando adicionado ao HCIO4 (70%), embora não seja rapidamente decomposto à temperatura ambiente, decompõe-se em poucos minutos à 100°C e não é detectável em HCIO4 (70%) rapidamente resfriado de 200°C até a temperatura ambiente.

ASSUNTO(S)

espectrofotometria cromo

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