Estudo da motilidade esofágica após ligadura elástica endoscópica das varizes

AUTOR(ES)
FONTE

Revista da Associação Médica Brasileira

DATA DE PUBLICAÇÃO

2006-04

RESUMO

OBJETIVOS: Estudar a motilidade esofágica de doentes cirróticos antes e após a ligadura elástica endoscópica das varizes. MÉTODOS: Vinte e quatro portadores de cirrose hepática atendidos no Gastrocentro - UNICAMP, no programa de ligadura elástica para tratamento de varizes, foram estudados (média de idade de 49,5 anos, sendo 19 masculinos e 5 femininos). Os critérios de inclusão foram hepatopatia crônica e varizes esofágicas com alto risco de sangramento. Inicialmente foram realizados endoscopia digestiva alta e manometria esofágica em todos os doentes. A seguir, foram submetidos a sessões de ligadura elástica (o número médio foi de 3,4±2,1), em regime ambulatorial, com intervalo de duas a quatro semanas. A manometria foi repetida quatro semanas após a erradicação das varizes. Os parâmetros estudados foram a amplitude, a duração, a velocidade de propagação das ondas contráteis e o peristaltismo. RESULTADOS: A análise do tônus do EIE não mostrou diferença entre pré e pós-ligadura elástica. Em dez casos (41,6%), ocorreu alteração na motilidade, e a amplitude das ondas de deglutição elevou-se no exame pré de 70,7 mmHg (52,3 e 108,4) para 89,7 mmHg (69,9 e 122,8) no pós (p= 0,004 - p<0,05), e a duração aumentou de 3,55 seg±0,58 no pré para 3,90 seg±0,72 no pós (p=0,02 - p<0,05). A velocidade das ondas não diferiu entre o exame pré 3,43±0,97cm/seg e pós 3,61±0,99 cm/seg (p=0,15 - p>0,05). CONCLUSÕES: A análise final mostra que ocorreu alteração de motilidade esofágica após ligadura elástica das varizes esofágicas, caracterizada por aumento na amplitude e duração das ondas contráteis.

ASSUNTO(S)

varizes esofágicas endoscopia digestiva cirrose hepática motilidade esofágica

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