Estresse oxidativo na fisiopatologia da síndrome metabólica: quais mecanismos estão envolvidos?

AUTOR(ES)
FONTE

J. Bras. Patol. Med. Lab.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2015-08

RESUMO

RESUMOA síndrome metabólica (SM) representa uma conjunção de fatores de risco cardiometabólicos, incluindo obesidade, hiperglicemia, hipertrigliceridemia, dislipidemia e hipertensão. Vários estudos reportam que a condição oxidativa causada pela superprodução de espécies reativas de oxigênio (EROs) desempenha importante papel no desenvolvimento da SM. Nosso organismo apresenta sistema antioxidante natural para diminuir o estresse oxidativo, o qual consiste em numerosos componentes endógenos e exógenos e enzimas antioxidantes que são capazes de inativar as EROs. As principais enzimas de defesa antioxidante que contribuem para o processo de redução do estresse oxidativo são a superóxido dismutase (SOD), a catalase (CAT) e a glutationa peroxidase (GPx). O colesterol associado à lipoproteína de alta densidade (HDL-c) também está relacionado com o estresse oxidativo por apresentar propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. A atividade antioxidante do HDL-c pode ser atribuída, pelo menos em parte, à atividade da paraoxonase 1 (PON1) sérica. Além disso, os metabólitos derivados de oxigênio reativo (d-ROMs) também se destacam como atuantes nas doenças cardiovasculares e no diabetes, pelo desequilíbrio na produção de EROs, tendo relação importante com a inflamação. Relatos recentes vêm apontando a gama-glutamiltransferase (GGT) como biomarcador promissor para diagnóstico da SM, pois esta se associa ao estresse oxidativo, uma vez que desempenha papel relevante no metabolismo extracelular de glutationa. Com base nisso, vários estudos vêm buscando melhores marcadores do estresse oxidativo e sua relação com o desenvolvimento da SM.

ASSUNTO(S)

síndrome x metabólica espécies de oxigênio reativas antioxidantes hdl-colesterol gama-glutamiltransferase

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