EstratÃgias visando o uso sustentÃvel de Ãgua salina em um ciclo de rotaÃÃo cultural feijÃo-de-corda/girassol. / Strategies for the sustainable use of saline water in the cultivation of cowpea

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

31/08/2012

RESUMO

O crescimento da populaÃÃo mundial e a crescente demanda de Ãgua para atender o consumo das famÃlias e os demais setores da economia, tÃm despertado para o aproveitamento de fontes alternativas ou Ãguas de qualidade inferior, tais como as Ãguas salinas e residuÃrias. O objetivo desse trabalho foi realizar uma avaliaÃÃo preliminar sobre a situaÃÃo dos dessalinizadores instalados pelo Governo do Estado do Cearà na regiÃo de Pentecoste, CearÃ, e, em seguida, avaliar estratÃgias de manejo da irrigaÃÃo (uso cÃclico de Ãgua salina, mistura de fontes de Ãgua de diferentes salinidades e utilizaÃÃo apenas nos estÃdios de maior tolerÃncia da cultura) e o sistema de rotaÃÃo de culturas feijÃo-de-corda/girassol, visando o uso sustentÃvel de Ãgua salina na agricultura irrigada. O experimento com feijÃo-de-corda foi conduzido no campo na estaÃÃo seca de 2011, e obedeceu ao delineamento em blocos ao acaso, com treze tratamentos e cinco repetiÃÃes. Os tratamentos consistiram de: T1: Ãgua de baixa salinidade (A1), durante todo o ciclo; T2, T3 e T4: Ãgua com CE de 2,2 (A2), 3,6 (A3) e 5,0 (A4) dS m-1, durante todo o ciclo, T5, T6 e T7: Ãgua com CE de 2,2, 3,6 e 5,0 dS m-1 na fase final do ciclo, T8, T9 e T10: Uso cÃclico de A1 e A2; A1 e A3 e A1 e A4, iniciando com A1 no plantio; T11, T12 e T13: Ãgua com CE de 2,2, 3,6 e 5,0 dS m-1 11 dias apÃs o plantio atà o final do ciclo, respectivamente. Para verificar o efeito residual de Ãgua salina aplicada durante o experimento com o feijÃo-de-corda, foi cultivado na estaÃÃo chuvosa de 2012 o girassol nas mesmas parcelas que foram cultivadas com o feijÃo-de-corda, utilizando irrigaÃÃo suplementar com Ãgua de baixa salinidade (A1). Os valores de CEa para o rejeito de dessalinizaÃÃo na regiÃo de Pentecoste variaram de 4,2 a 7,6 dS m-1, representando riscos para o ambiente, sendo que a maior parte do rejeito gerado à utilizada para alimentaÃÃo animal e a grande maioria da populaÃÃo nÃo tem conhecimento se o rejeito causa algum dano à saÃde humana ou ao meio ambiente. Os resultados dos experimentos de campo demonstraram que a aplicaÃÃo de Ãgua salina durante todo o ciclo do feijÃo-de-corda ao nÃvel de 5,0 dS m-1 e apÃs a 11 dias do plantio atà o final do ciclo inibe as trocas gasosas foliares, a extraÃÃo de nutrientes, o crescimento vegetativo e a produtividade da cultura, enquanto as estratÃgias de irrigaÃÃo com Ãgua salina na fase final do ciclo (floraÃÃo e frutificaÃÃo) e de forma cÃclica nÃo afetam de forma negativa essas variÃveis. AlÃm disso, essas estratÃgias permitiram uma economia de 34 a 47% de Ãgua de baixa salinidade utilizada na irrigaÃÃo. Ocorreu acÃmulo de sais no solo durante o cultivo do feijÃo-de-corda nos tratamentos em que se utilizou Ãgua de elevada salinidade. No entanto, o uso de estratÃgias de manejo como a aplicaÃÃo alternada de Ãguas de baixa e alta salinidade ao longo do ciclo da cultura e aplicaÃÃo da Ãgua salina apenas no estÃdio final reduziu o impacto sobre o solo. A irrigaÃÃo com Ãgua do canal (A1) com CE de 0,5 dS m-1 durante o cultivo do girassol promoveu a lixiviaÃÃo do excesso de sais no solo no final do cultivo, mas o total de chuvas antes do plantio nÃo foi suficiente para eliminar completamente o efeito residual da salinidade nesta cultura.

ASSUNTO(S)

irrigacao e drenagem salinidade irrigaÃÃo rejeito de dessalinizaÃÃo sustentabilidade vigna unguiculata helianthus annuus salinity irrigation desalination waste sustainability vigna unguiculata helianthus annuus. Ãgua - reuso salinidade Ãgua de irrigaÃÃo irrigaÃÃo com Ãguas residuais feijÃo-caupi

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