Estimativa de recarga da bacia do Rio das Fêmeas através de métodos manuais e automáticos

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

As águas subterrâneas apresentam um valor estratégico em muitas regiões, sendo consideradas em outros locais como único recurso disponível. Na região do oeste baiano, onde se encontra a bacia do Rio das Fêmeas, a água subterrânea tem sido progressivamente procurada como fonte de abastecimento, haja vista a baixa densidade de drenagem da região e a crescente demanda por água, principalmente, para projetos de irrigação. Os objetivos do presente estudo é a partir de dados de vazão calcular o escoamento de base e a recarga da água subterrânea por meio de métodos manuais e automáticos. Também será realizada a correlação e a comparação entre as metodologias, além de analisar o comportamento da bacia do Rio das Fêmeas por meio dos dados de vazão e de precipitação. Foi estimada a recarga da água subterrânea para o período de 1977 a 2007 por meio de duas metodologias, a primeira baseada nos métodos gráficos e automáticos de Arnold e Allen (1999) e a segunda baseada nos métodos gráficos e automáticos de Rutledge e Daniel (1994). A precipitação média anual para a bacia do Rio das Fêmeas foi de 1121,83 mm/ano, e a vazão média anual foi de 50,28 m3/s. Ambas apresentando tendência de queda significativa ao longo dos anos. O escoamento de base médio encontrado para a bacia foi de 257,41 mm/ano. As recargas médias obtidas foram de 49,69 mm/ano e 200,54 mm/ano para as metodologias de Arnold e Allen (1999) e de Rutledge e Daniel (1994), respectivamente. Os métodos de Arnold e Allen (1999) apresentaram taxas de recargas em torno dos 4% da precipitação, sendo inferiores aos métodos de Rutledge e Daniel (1994) que apresentaram taxas de recargas em torno dos 17%, porém todas essas taxas de recargas se encontram dentro do esperado para as características da região. Analisando as baixas taxas de recarga obtidas pelos métodos, devem ser desenvolvidas na região campanhas educativas para o uso consciente dos recursos hídricos e do valor econômico que a água apresenta, apesar de na bacia do Rio das Fêmeas o bombeamento da água subterrânea ainda ser realizado com taxas relativamente baixas.

ASSUNTO(S)

recarga da água subterrânea engenharias rio das fêmeas separação de hidrogramas ba

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