Espectroscopia cerebral em candidatos a transplante hepático

AUTOR(ES)
FONTE

Revista da Associação Médica Brasileira

DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

OBJETIVOS: Determinar os níveis dos metabólitos (mio-inositol [MI], colina [Cho], glutamina [Glx], creatina [Cr] e N-acetilaspartato [NAA]) por meio da espectroscopia por ressonância magnética em portadores de hepatopatia crônica, antes e após o transplante hepático, correlacionando com a avaliação clínica. MÉTODOS: Foram estudados prospectivamente 25 pacientes portadores de hepatopatia crônica do Serviço de Transplante Hepático da Universidade Federal do Paraná por meio de avaliação clínica e espectroscópica. Trinta voluntários sadios formaram o grupo controle, sendo submetidos às mesmas avaliações. Dezesseis dos 25 pacientes também foram avaliados após o transplante. RESULTADOS: Antes do transplante hepático reduções significativas nos índices de MI/Cr e Cho/Cr e aumento significativo no índice de Glx/Cr foram observadas nos pacientes portadores de encefalopatia hepática comparados ao grupo controle. Os critérios quantitativos de Ross para diagnóstico espectroscópico da encefalopatia hepática (MI/Cr e Cho/Cr < média + 2 desvios padrão do grupo controle) demonstraram uma sensibilidade de 61,54%, especificidade de 91,67% e precisão de 76%, sendo que a Cho/Cr foi o melhor parâmetro isolado. A espectroscopia após o transplante mostrou mudanças nos índices metabólicos comparados com o status pré-transplante. CONCLUSÃO: A espectroscopia permite um diagnóstico preciso da encefalopatia hepática. A melhora dos níveis metabólicos após o transplante hepático sugere um importante papel do MI e da Cho no desenvolvimento da encefalopatia hepática.

ASSUNTO(S)

análise espectral encefalopatia transplante de fígado espectroscopia de ressonância magnética

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