Escola democrática: a participação dos alunos na gestão financeira da escola

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

31/08/2012

RESUMO

O presente trabalho aborda o tema da participação discente na gestão financeira da escola. Fazendo uma inflexão sobre gestão democrática, esta pesquisa teve como intuito investigar como a escola pública de educação básica envolve seus alunos na gestão dos recursos que recebe periodicamente do Estado. Além disso, buscou-se compreender em maior profundidade como esse envolvimento fomenta a participação discente e a democratização das relações escolares. A metodologia utilizada foi de base qualitativa, e se configurou em um estudo de caso realizado em uma escola de ensino fundamental localizada no Recanto das Emas, Região Administrativa do Distrito Federal. Utilizaram-se como instrumentos de pesquisa a entrevista semiestruturada, a observação assistemática e a análise documental. Foram entrevistados alunos, membros do Conselho Escolar e gestores da escola. A análise dos dados obtidos foi feita à luz da análise de conteúdo. Os resultados apontam para a necessidade de se questionar a concepção de escola democrática que temos hoje. De que modo a escola pode ser caracterizada como democrática, se não permite que a maioria, os alunos, participe de sua gestão? A conclusão do estudo demonstra que a participação dos alunos no processo decisório sobre os recursos financeiros é mínima, porque eles são vistos como imaturos pela maioria dos gestores e dos membros que compõem o Conselho Escolar. Percebeu-se que a gestão dos recursos financeiros está centrada na figura do diretor, que aparece como o responsável por sua deliberação, execução e prestação de contas. Portanto, concluiu-se que o assunto verba pública ainda está carregado de representações negativas, como um assunto sigiloso e que não deve ser discutido ou aberto a todos. Por conseguinte, o caráter democrático de sua deliberação apesar de estar amparado em legislações específicas, infelizmente, não se concretiza na prática. A alternativa proposta para reverter o quadro encontrado se situa na promoção de aprendizagens democráticas dentro da escola, posicionando o aluno como um ser de direitos, não só de estar presente na sala de aula, mas de participar ativamente das questões que lhe cercam. Para que isso aconteça, além de fazer valer o que está escrito nas leis, deve-se fomentar meios de rever a concepção antidemocrática sobre criança presente na sociedade.

ASSUNTO(S)

planejamento educacional administração financeira aprendizagem organizacional educacao participation democratic school administration children pdde

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