Epidemiologia da hipertensão arterial e diabetes mellitus em pacientes idosos de uma unidade de referência em Fortaleza-CE
AUTOR(ES)
ANA KARINE DE FIGUEIREDO MOREIRA
DATA DE PUBLICAÇÃO
2007
RESUMO
A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é considerada um dos grandes problemas de saúde pública no Brasil, pela sua prevalência e detecção freqüentemente tardia. Classificada, também, como uma doença multifatorial e multicausal, em que o meio ambiente exerce influência direta na sua gênese, estando o seu aparecimento relacionado ao estilo de vida inadequado, somado ainda aos fatores constitucionais como sexo, idade, raça e hereditariedade e os fatores de risco modificáveis como o sedentarismo, o estresse, o tabagismo, a alimentação e a obesidade (SANTOS, 2004). A HAS apresenta características específicas do processo de cronicidade, destacando-se por história natural prolongada, multiplicidade de fatores associados, longo curso assintomático, evolução clínica lenta, prolongada e permanente, além da possibilidade de evolução para complicações (PIERIN, 2001). Entre as várias barreiras à aderência ao tratamento, incluem-se mudança de estilo de vida, uso inadequado da medicação prescrita, falta de compreensão do problema, custo da visita e dos procedimentos, custo do medicamento, efeitos colaterais, tempo de espera para consulta e hora de marcação inapropriada (OIGMAN, 2001). Com base na realidade vivenciada no Hospital Geral Dr. Waldemar Alcântara, e pelo conhecimento das doenças ocupacionais responsáveis pelo alto índice de absenteísmo entre os trabalhadores, desenvolvemos o presente estudo objetivando identificar os dados sociodemográficos e sanitários dos funcionários hipertensos da instituição, seus conhecimentos sobre a doença e os fatores inerentes à adesão ao tratamento, bem como a relação entre o saber e a prática, através do acompanhamento do grupo e análise das categorias pelo Modelo de Crença em Saúde. Os resultados da pesquisa nos incentivaram a construir dois artigos: o primeiro, Trabalhador Hipertenso - análise da adesão com base na Educação em Saúde, de abordagem quantitativa, descreve quem são os trabalhadores hipertensos do referido hospital, suas características pessoais e comportamentos frente à doença hipertensiva e suas condutas de adesão ao tratamento, bem como suas dificuldades e sugestões quanto ao seguimento da terapêutica recomendada. O segundo, intitulado Adesão do trabalhador hipertenso ao tratamento uma tecnologia educativa embasada no modelo de crença em saúde, traz as categorias em análise identificadas no grupo após a implementação de oficinas educativas, identificando a percepção dos hipertensos sobre sua susceptibilidade e severidade da doença, os benefícios e barreiras para a adesão, e as estratégias de mudança de comportamento e tomada de decisão. A Tecnologia Educativa efetivada se mostrou relevante e transformadora, proporcionando melhoria do bem estar e mudanças do comportamento de risco dos trabalhadores para adoção de medidas preventivas e de controle da Hipertensão.
ASSUNTO(S)
idosos - hipertensÃo arterial - dissertaÇÕes idosos - diabetes mellitus - dissertaÇÕes saude coletiva epidemiologia - dissertaÇÕes
ACESSO AO ARTIGO
http://www.unifor.br/tede//tde_busca/arquivo.php?codArquivo=803251Documentos Relacionados
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