Enxerto dermoadiposo em cavidades anoftálmicas secundárias: estudo retrospectivo e revisão da literatura

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Oftalmologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2011-12

RESUMO

OBJETIVO: Avaliar o uso do enxerto dermoadiposo no tratamento da cavidade anoftálmica. MÉTODOS: Estudo retrospectivo, do qual participaram 28 portadores de cavidade anoftálmica secundária, tratados com enxerto dermoadiposo. Os dados avaliados foram: idade, sexo, motivo da primeira cirurgia, tipo de cavidade, razão da opção pelo enxerto dermoadiposo, resultados e complicações. Os dados foram analisados segundo a frequência de ocorrência. RESULTADOS: dos 28 pacientes analisados, 19 (67,8%) eram do sexo masculino, 46,4% deles apresentando de 40 a 60 anos de idade. A principal causa da perda do olho foi o trauma (7 casos - 25,0%). A cavidade onde mais se empregou o enxerto dermoadiposo foi a do tipo III (32,1%). Como primeira cirurgia, a evisceração havia sido realizada em 13 casos, a enucleação em 11 e o enxerto de pele em dois pacientes e em outros dois, não havia informação sobre a primeira cirurgia a que haviam sido submetidos. A opção pelo enxerto dermoadiposo foi feita com a finalidade de repor volume na cavidade e, ao mesmo tempo, conseguir maior superfície anterior da cavidade, já que a maioria possuía cavidades contraídas. A maioria dos pacientes (53,6%) não apresentou complicações, tendo sido a necrose do enxerto a complicação mais observada (32,1%). O resultado final da cirurgia foi considerado bom em 71,4% dos pacientes e ruim em 7,1%. CONCLUSÃO: O enxerto dermoadiposo é uma técnica cirúrgica simples e de bons resultados para reposição de volume em cavidades anoftálmicas. Os autores estimulam o ensino da mesma nos serviços de treinamento de jovens cirurgiões.

ASSUNTO(S)

anoftalmia implantes orbitários procedimentos cirúrgicos reconstrutivos tecido adiposo

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