Ensino da reanimação neonatal em maternidades públicas das capitais brasileiras

AUTOR(ES)
FONTE

Jornal de Pediatria

DATA DE PUBLICAÇÃO

2005-06

RESUMO

OBJETIVO: Analisar o ensino da reanimação neonatal para médicos e enfermeiros em formação e para residentes em pediatria e neonatologia em maternidades públicas brasileiras. MÉTODOS: Estudo transversal multicêntrico, realizado em 36 maternidades de 20 capitais brasileiras em junho de 2003. O coordenador local preencheu questionário com dados referentes à realização de ensino específico da reanimação neonatal e atuação em sala de parto de alunos de Medicina e de Enfermagem, residentes de Pediatria e de Neonatologia. Os dados foram analisados de forma descritiva. RESULTADOS: Das 36 maternidades, 23 recebiam alunos de Medicina: em 13, eles atuavam na sala de parto; 12 ofereciam ensino específico da reanimação e, em duas das 13 maternidades com internos atuando na sala de parto, não era oferecido treinamento em reanimação. Das 36 maternidades, 23 recebiam alunos de Enfermagem: em oito, os alunos atuavam na sala de parto. Apenas uma oferecia ensino, e nas outras sete não havia qualquer treinamento. Das 36 maternidades, 27 tinham residentes de Pediatria, que atuavam na sala de parto e recebiam treinamento em reanimação neonatal (teórico com 2-3 horas em quatro maternidades e teórico-prático com 4-64 horas em 23). Das 36 maternidades, 15 recebiam residentes em Neonatologia, que atuavam na sala de parto e recebiam treinamento em reanimação neonatal (teórico de 2 horas em uma e teórico-prático com 3-68 horas em 14). CONCLUSÃO: O ensino de reanimação por meio de cursos formais é insuficiente para os alunos de graduação em Medicina e Enfermagem e heterogêneo para os residentes em Pediatria e em Neonatologia.

ASSUNTO(S)

ressuscitação cardiopulmonar educação recém-nascido

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