Emprego da ultra-sonografia cervical no seguimento de pacientes com carcinoma diferenciado de tireóide

AUTOR(ES)
FONTE

Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2007-06

RESUMO

A ultra-sonografia (US) cervical é recomendada na avaliação de todos pacientes com carcinoma de tireóide após a terapia inicial, pois mesmo indivíduos de baixo risco com tireoglobulina (Tg) estimulada indetectável podem apresentar metástases cervicais. Para estas metástases, a US é o método mais sensível, superior à pesquisa de corpo inteiro (PCI) com 131I. Linfonodos cervicais com diâmetro > 5 mm com calcificações finas e/ou degeneração cística quase sempre são de etiologia maligna. Na ausência destas características, o formato arredondado e a ausência do hilo ecogênico são achados "suspeitos", enquanto linfonodos alongados e com hilo ecogênico visível são considerados benignos. A avaliação do fluxo, através do doppler, auxilia no diagnóstico diferencial, usualmente revelando hipervascularização periférica ou mista nos casos malignos. Na presença de linfonodos "suspeitos" na US, a avaliação citológica do material obtido através da punção aspirativa por agulha fina (PAAF) e a dosagem da Tg, obtida do lavado da agulha, são testes úteis e complementares para definir a etiologia, com elevada sensibilidade quando combinados e especificidade de 100%. A US também é útil antes da tiroidectomia, auxiliando e até, em alguns casos, modificando o planejamento cirúrgico; e antes da ablação, para mensuração dos remanescentes tireoidianos e pesquisa de metástases linfonodais persistentes. Outra aplicação desse método de imagem é guiar a injeção de etanol (escleroterapia) ou a introdução de eletrodos para ablação com radiofreqüência em casos selecionados de metástases linfonodais isoladas, como alternativa às terapias convencionais.

ASSUNTO(S)

linfonodos ultra-sonografia carcinoma de tireóide citologia aspirativa tireoglobulina

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