Efeitos imediatos da eletroestimulação nervosa transcutânea e crioterapia na espasticidade e na atividade eletromiográfica de sujeitos hemiparéticos

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

Acidente Vascular Encefálico (AVE) é o termo empregado para caracterizar uma lesão vascular isquêmica ou hemorrágica, que tem como principais manifestações clínicas, o distúrbio da função motora e reflexa. No estágio inicial há presença de flacidez e falta de movimentos voluntários, que posteriormente é substituído por padrões em massa e espasticidade. A espasticidade traz consigo déficits funcionais e pode gerar impactos negativos em diversos padrões motores. O objetivo da pesquisa foi investigar os efeitos imediatos da eletroestimulação nervosa transcutânea (TENS) e crioterapia na espasticidade e na atividade eletromiográfica de sujeitos hemiparéticos. O estudo caracteriza-se por ser do tipo quase experimental, no qual foram selecionados para compor a amostra, 16 pacientes de ambos os sexos com sequela de AVE. Estes indivíduos foram avaliados captando-se a amplitude pico a pico e latência do reflexo H, resposta Motora (resposta M) no músculo solear e o eletromiograma (EMG) do músculo tibial anterior do membro comprometido e não comprometido. No membro comprometido as avaliações ocorreram em dias diferentes para crioterapia TENS e controle, em dois momentos, antes e depois das intervenções. O membro não comprometido foi avaliado uma única vez para servir como linha de base, para comparação com o membro comprometido. Utilizou-se na análise estatística, o test t de student pareado para identificar as diferenças do reflexo H, latência e EMG do membro comprometido e não comprometido e para comparar os resultados antes e depois da aplicação dos recursos. A ANOVA para amostras relacionadas foi utilizada para identificar as diferenças entre os recursos utilizados. Atribuiu-se para os testes estatísticos o nível de significância de 5%. A amplitude pico a pico do reflexo H máximo normalizado pela resposta motora máxima (Hmáx/Mmáx), mostrou-se significativamente aumentada no membro comprometido (p=0.0245). A latência do reflexo H reduziu no membro comprometido, com essa redução sendo estatisticamente significativa (p=0,0375). A atividade eletromiográfica se mostrou diminuída no membro comprometido (p<0.0001). Depois da TENS houve uma diminuição da relação Hmáx/Mmáx (0.600.16 versus 0.49.0.18; P = 0.0006). No entanto, logo após a aplicação do gelo houve um aumento da relação Hmáx/Mmáx (0.58 0,15 para 0.77 0.13, P=0,0007) e aumento da latência do sinal (30.41 1.87 versus 33.24 2.19; P=0.0001). A atividade eletromiográfica não foi alterada significativamente por nenhum recurso. Foram encontradas diferenças estatisticamente significativas quando a razão Hmáx/Mmáx (P<0.0001) e latência do reflexo H (P<0.0001) foram comparadas entre o pós-TENS, Pós- crioterapia e controle. Pode-se concluir que a TENS pode ser utilizada para fins de redução imediata da espasticidade, e que a crioterapia pode aumentar o estado de hiperreflexia nos pacientes espáticos. Entretanto, a diminuição ou o aumento da espasticidade não ocasionou alteração na atividade eletromiográfica do músculo antagonista ao espástico

ASSUNTO(S)

tens espasticidade fisioterapia e terapia ocupacional h reflex emg tens emg cryotherapy crioterapia spasticity reflexo h

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