Efeitos do ultra-som e da drenagem linfática manual na absorção das sufusões hemorrágicas após safenectomia radical: experimento clínico randomizado

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

Atualmente, os bons resultados estéticos aliados à recuperação funcional dos membros inferiores no pós-operatório (PO) de safenectomia radical são bastante almejados não só pelos pacientes, mas também pelos cirurgiões vasculares. O objetivo deste trabalho foi determinar se o ultra-som (US) e a drenagem linfática manual (DLM) influenciam na absorção das sufusões hemorrágicas no PO de safenectomia radical e se há superioridade de um em relação ao outro. Foram incluídos 36 pacientes do sexo feminino, brancas, portadoras de insuficiência venosa crônica e submetidas à safenectomia radical; 63 membros inferiores (unidades de análise) foram randomizados em três grupos com 21 cada: DLM (método Leduc); US (modo contínuo, 3 Mhz, 1 W/cm) e Controle. Os procedimentos foram iniciados no 5 dia PO e finalizados no 30 dia PO, três vezes por semana, em dias alternados. Os membros inferiores foram fotografados nos 5, 20 e 30 dias após a cirurgia e, a seguir, três cirurgiões vasculares, avaliaram as fotos de forma cega, por meio de notas dadas de 0 (melhor situação) a 10 (pior situação) para as três variáveis: intensidade das cores e áreas das sufusões hemorrágicas, e estética dos membros inferiores. Para avaliar-se o grau de melhora em cada grupo, foram obtidas as variações (diferenças) das notas do 5 ao 20 e do 5 ao 30 dias pós-operatórios, por subtração das notas dadas no 5 dia PO pelas obtidas no 20 e no 30 dias pós-operatórios, respectivamente. Utilizou-se o teste de Tukey para verificação de diferenças significativas das médias das notas entre os grupos DLM, US e Controle (p<0,05). No 5 dia PO os grupos DLM, US e Controle apresentaram médias de notas semelhantes somente para a variável intensidade das cores (p>0,05); nos 20 e 30 dias pós-operatórios, não houve diferença significativa entre os grupos DLM e US (p>0,05); as médias das notas foram menores para os grupos DLM e US em relação ao Controle para todas as variáveis (p<0,05). As variações das notas do 5 ao 20 e do 5 ao 30 dias pós-operatórios dos grupos DLM e US mostraram-se maiores do que as do grupo Controle (p<0,05), e as do grupo DLM maiores do que as do grupo US (p<0,05), indicando, portanto, que apesar de tanto a DLM quanto o US serem recursos fisioterapêuticos eficazes na absorção das sufusões hemorrágicas após safenectomia radical, a DLM é mais eficaz que o US.

ASSUNTO(S)

pós-operatório hemorrhagic suffusion ultra-som equimose postoperative ecchymosis chronic venous insufficiency cuidados pós-operatórios insuficiência venosa crônica veia safena - massoterapia hematoma ciencias da saude ultrasound manual lymph drainage hematoma drenagem linfática manual sufusão hemorrágica safenectomia veia safena - cirurgia saphenectomy

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