Efeitos do Quefir no perfil lipídico, estresse oxidativo e aterosclerose de camundongos deficientes de apolipoproteína E
AUTOR(ES)
Tatianna Lemos Jascolka
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
01/03/2010
RESUMO
A busca por medidas de prevenção e controle para a aterosclerose, bem como para seus fatores de risco, possui grande relevância clínica, pelo fato dessa ser a principal causa das doenças cardiovasculares (DCVs). Com isso, há grande interesse em se identificar compostos naturais que atuem como agentes protetores. Nesse contexto, o quefir, uma bebida fermentada pela ação dos grãos de quefir (mistura de bactérias e leveduras agrupadas em uma matriz polissacarídea), foi o objeto deste estudo, por possuir alegações populares de vários benefícios à saúde, algumas já relatadas na literatura. O presente estudo investigou os efeitos do quefir aquoso (em solução de açúcar mascavo), uma forma popularmente consumida, no desenvolvimento da aterosclerose e em seus fatores de risco (metabolismo lipídico e estresse oxidativo). Para isso, a bebida preparada de forma caseira foi administrada a camundongos APOE-/- alimentados com dieta comercial, por 4 semanas. Os animais foram divididos em grupo Controle e grupo Quefir, que recebeu o quefir (fermentado de 50g de grãos de quefir/ 1L de solução de açúcar mascavo) em substituição à água. A ingestão do quefir foi capaz de aumentar os níveis séricos de HDL, acarretando na redução do índice aterogênico. Além disso, o quefir promoveu redução dos triglicerídeos séricos e houve uma tendência a aumento desses no fígado. A peroxidação lipídica e a atividade da enzima catalase no fígado apresentaram-se reduzidas no grupo Quefir. Em contrapartida, o quefir não interferiu na concentração sérica de anticorpos anti-LDL oxidada dos ApoE-/-, medida indireta da oxidação de LDL. No desenvolvimento da placa aterosclerótica, as áreas de lesão na válvula aórtica e na aorta abdominal e torácica foram semelhantes entre os grupos. As lesões apresentaram grande acúmulo de macrófagos, mostrado por imunohistoquímica, mas também semelhantes em porcentagem de área entre os grupos. Assim, os resultados apresentados nos levam a concluir que, embora alguns fatores de risco para a aterosclerose apresentaram melhora com a ingestão de quefir por 4 semanas, este efeito não foi de intensidade suficiente para alterar o curso da doença na raiz da válvula ou na aorta especificamente.
ASSUNTO(S)
alimentos fermentados. aterosclerose teses. estresse oxidativo teses. sistema cardiovascular doenças teses. alimentos teses.
ACESSO AO ARTIGO
http://hdl.handle.net/1843/MAFB-8EBL66Documentos Relacionados
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