EFEITOS DA AMINOFILINA ASSOCIADA AO ETANOL EM TESTES NEUROQUÍMICOS EM CAMUNDONGOS / Effects of aminophylline ASSOCIATED WITH ETHANOL IN MICE IN TESTS neurochemical

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

15/04/2011

RESUMO

O etanol é uma substância usada desde tempos remotos que causa alterações em diferentes tecidos, incluindo o Sistema Nervoso Central (SNC). Seu uso abusivo e continuado conduz ao desenvolvimento de diferentes patologias, pois se constitui como uma droga de alto poder degenerativo. Em estudos preliminares, percebeu-se que a aminofilina, um antagonista não-seletivo de receptores de adenosina, interfere na via de ação do etanol em diferentes áreas de sinalização central. A partir desses resultados, o presente trabalho destacou a aminofilina como uma droga de interesse, contribuindo com os avanços biotecnológicos na área da saúde, no tratamento de patologias envolvendo drogas de abuso, como o etanol. O objetivo principal do presente trabalho foi verificar o efeito da aminofilina sobre as alterações bioquímicas produzidas pelo etanol no SNC, especificamente: córtex pré-frontal (CPF), hipocampo (HC) e corpo estriado (CE). Foram utilizados camundongos Swiss, machos, com peso variando entre 25-30 g. Os animais foram tratados cronicamente e em dose única diária com água destilada (C), etanol (E6 - v.o.) ou aminofilina (A5 e A10 - i.p.). Outros dois grupos foram pré-tratados com aminofilina nas doses de 5 ou 10 mg/kg (trinta minutos antes da administração de etanol na dose de 6 g/kg A5E6 e A10E6). Sessenta minutos após a última administração, os animais foram sacrificados e, imediatamente, tiveram seus cérebros dissecados sobre gelo. O CPF, HC e CE foram utilizados para dosagem de aminoácidos (GABA, glutamato, glicina, taurina e aspartato), nitrito/nitrato, proteínas, TBARS, catalase, GSH e acetilcolinesterase-AChE. Os resultados mostraram que a aminofilina conseguiu reverter o efeito do etanol apenas no teste de nitrito/nitrato referente ao estresse oxidativo, sendo os resultados mais expressivos no CPF e HC. Com relação ao sistema colinérgico, a aminofilina na menor dose reverteu o efeito do etanol apenas no HC e com relação aos aminoácidos, a aminofilina não reverteu o efeito do etanol sobre os aminoácidos excitatórios, porém foi demonstrada reversão nos níveis de aminoácidos inibitórios, acentuadamente do GABA, principalmente no CPF e HC. Conclui-se que a aminofilina constitui-se um bom agente contra espécies reativas de nitrogênio, não demonstrando o mesmo resultado sobre espécies provenientes do metabolismo do oxigênio, além de reverter os efeitos depressores dessa substância sobre as dosagens de aminoácidos inibitórios, como GABA, glicina e taurina.

ASSUNTO(S)

etanol aminofilina estresse oxidativo aminoácidos acetilcolinesterase fisiologia ethanol aminophylline oxidative stress amino acids acetylcholinesterase

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