Efeito neuroprotetor da catequina e do estresse de imobilizaÃÃo subcrÃnico na DoenÃa de Parkinson experimental. / Neuroprotector effect of catechin and restraint stress in experimental Parkinsonâs Disease.

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

11/02/2011

RESUMO

A DoenÃa de Parkinson (DP) à uma desordem neurodegenerativa caracterizada pela perda de neurÃnios dopaminÃrgicos na substancia nigra (SN). Estudos epidemiolÃgicos sugerem uma associaÃÃo entre estresse, depressÃo e DP. Agentes antioxidantes tem sido relatados como capazes de mudar o curso da doenÃa, bloqueando a neurodegeneraÃÃo dopaminÃrgica. Com a finalidade de estudar os efeitos neuroprotetores da catequina, um flavonÃide encontrado na Camelia sinensis, o presente trabalho avaliou os efeitos deste composto no comportamento motor, memÃria, avaliaÃÃo imunohistoquÃmica e bioquÃmica em um modelo de DP induzido em ratos pela 6-OHDA. Em uma outra etapa do trabalho tambÃm avaliou-se os efeitos da associaÃÃo do estresse com a DP sobre estes mesmos parÃmetros, usando um modelo animal de estresse de imobilizaÃÃo subcrÃnico (11d/6hrs). Os animais (ratos Wistar machos, 200-250g) foram tratados com catequina (10 e 30 mg/kg i.p.) diariamente por 16 dias, iniciando-se na ocasiÃo da lesÃo estriatal pela 6-OHDA (21Âg/ 3ÂL). Os resultados obtidos demonstram que a 6-OHDA aumentou o nÃmero de rotaÃÃes contralaterais à lesÃo induzida por apomorfina e a catequina nas duas doses foi capaz de reverter esse dano motor. Houve uma recuperaÃÃo da atividade exploratÃria e memÃria de trabalho promovido pela catequina nas doses testadas. A 6-OHDA diminuiu a imunorreatividade para tirosina hidroxilase (TH) e transportador de dopamina (DAT) no corpo estriado e mesencÃfalo, alÃm de promover uma diminuiÃÃo nos nÃveis de GSH. A catequina nas duas doses em animais lesionados pela 6-OHDA foi capaz de recuperar a imunorreatividade para TH e DAT, alÃm de aumentar significativamente os nÃveis de GSH em relaÃÃo aos animais lesionados pela 6-OHDA. A 6-OHDA promoveu a morte neuronal demonstrada pela diminuiÃÃo nos nÃveis de catecolaminas, a catequina, por sua vez, foi capaz de reverter esses nÃveis. O estresse de imobilizaÃÃo subcrÃnico nÃo reverteu o nÃmero de rotaÃÃes contralaterais induzidas pela apomorfina, nem melhorou a memÃria de trabalho dos danos pela 6-OHDA, mas foi capaz de melhorar a atividade locomotora e a memÃria aversiva. O estresse subcrÃnico levou os animais a um estado depressivo no teste de nado forÃado, o que nÃo foi observado em animais que sofreram apenas a lesÃo estriatal. Houve uma diminuiÃÃo no ganho de peso nos animais submetidos ao estresse. AlÃm disso, houve uma aumento discreto da imunorreatividade para a TH e DAT em animais submetidos ao estresse e lesÃo pela 6-OHDA. Em relaÃÃo Ãs catecolaminas, houve uma reversÃo parcial nos nÃveis de noradrenalina e serotonina pelo efeito do estresse. Os resultados do presente trabalho demonstram que tanto a catequina, quanto estresse de imobilizaÃÃo foram neuroprotetores neste modelo experimental da DP. A catequina na dose de 30mg demonstrou um efeito prÃ-oxidante. O estresse de imobilizaÃÃo parece ter exercido um condicionamento fisiolÃgico nos animais, protegendo, de certa maneira, dos efeitos tÃxicos da 6-OHDA.

ASSUNTO(S)

farmacologia doenÃa de parkinson 6-ohda catequina estresse de imobilizaÃÃo neuroproteÃÃo 6-ohda catechin immobilization stress neuroprotection

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