Efeito de inibição eferente observado pelas emissões otoacústicas e potencial evocado auditivo de tronco encefálico na população neonatal / Effect of efferent inhibition observed by evoked otoacoustic emissions and auditory brainstem response in neonates

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

13/12/2012

RESUMO

INTRODUÇÃO: O sistema auditivo eferente tem a função de regular e controlar a atividade do sistema auditivo aferente proporcionando ao indivíduo melhores condições para decifrar a mensagem acústica, fazendo parte, portanto, do processamento auditivo central. A detecção, acompanhamento e intervenção precoce em alterações do sistema eferente são de suma importância para minimizar os efeitos nocivos do distúrbio de processamento auditivo ao longo da vida. MATERIAL E METODO: Foram avaliados 125 RN(s) de ambos os gêneros, sendo 79 pertencentes ao grupo de baixo risco para deficiência auditiva e 46 do grupo de alto risco. A amostra foi submetida à EOET, EOEPD e PEATE com e sem a presença de um ruído branco contralateral a orelha testada emitido a 60 dBNPS. Foi calculado o efeito de inibição (EI) resultante da subtração do valor do nível de resposta total, no caso das EOE e da amplitude e latência da onda V no PEATE na condição sem ruído contralateral do valor obtido com ruído contralateral. O efeito de inibição foi analisado dentro de cada grupo segundo as variáveis orelha, gênero e condição de estimulação. Foi analisado, também, o efeito de inibição entre os grupos avaliados. Foi verificado, ainda, a correlação entre efeito de inibição e idade gestacional, pós-concepcional e fatores de risco, bem como foi verificada a correlação do efeito de inibição entre os testes aplicados. RESULTADOS: A média do EI observado pelas EOET foi de 0,3 dB na orelha direita (OD) e na orelha esquerda (OE) no grupo de baixo risco e de 1,2 dB (OD) e de 0,8 dB (OE) no grupo de alto risco. Nas EOEPD o EI foi maior nas frequências baixas em ambos os grupos. No PEATE a média do EI da amplitude da onda V foi de 0,07 µV (OD) e de 0,06 µV (OE) no grupo de baixo risco e de 0,03 µV (OD) e de 0,06 µV (OE) no grupo de alto risco. A média do EI da latência da onda V nos grupos de baixo e alto risco foi respectivamente de -0,02 ms na OD e OE e de -0,03 ms(OD) e 0,1 ms(OE). Não houve diferença estatisticamente significante do EI entre as orelhas e gêneros em ambos os grupos. A comparação entre as condições de estimulação mostrou diferença estatisticamente significante na OD e OE nas EOET no grupo de alto risco e na amplitude e latência no PEATE em ambos os grupos. Houve diferença estatisticamente significante do EI da OD entre o grupo de baixo e alto risco nas EOET e PEATE. Com o aumento da idade gestacional não houve um aumento do número de RN(s) com presença de EI nos testes aplicados. Com o aumento da idade pós-concepcional houve um aumento do valor médio do EI. Não houve variação linear do valor do EI conforme aumentava o número de fatores de risco. Houve maior concordância dos resultados da avaliação do sistema eferente entre as EOET e PEATE. CONCLUSÕES: O PEATE detectou maior número de RN(s) com presença de EI no grupo de baixo risco quando comparado ao grupo de alto risco.

ASSUNTO(S)

electrophysiology eletrofisiologia emissões otoacústicas espontâneas hearing disorders newborn otoacoustic emissions spontaneous recém-nascido transtornos da audição

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