Efeito da suplementação de metiltestosterona nas propriedades anisotrópicas das fibras musculares e colágenas periuretrais de ratas / Effect of supplementation of methyltestosterone on anisotropic properties of periurethral muscle and collagen fibers of rats

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

07/02/2012

RESUMO

Introdução: A incontinência urinária é um problema de saúde muito prevalente, afetando entre 10% a 50% das mulheres em algum momento de sua vida, causando morbidade social e redução na qualidade de vida. Nas mulheres entre 40-59 anos a incontinência urinária de esforço é mais frequente e naquelas acima de 60 anos a urge-incontinência é mais prevalente. A mudança de padrão de incontinência com o aumento da idade pode sugerir que o envelhecimento em geral e as alterações fisiológicas decorrentes deste processo possam contribuir com a sua patogênese. Há vários anos foi demonstrado que os tecidos originados do seio urogenital são sensíveis aos hormônios sexuais, principalmente o estrógeno. Recentemente, tem surgido importante interesse no uso da suplementação de andrógenos nas mulheres. Embora existam significativos interesses nas aplicações clínicas dos andrógenos em mulheres, não se sabe exatamente como se dá a atuação destes hormônios no assoalho pélvico e trato urinário inferior. Objetivo: Analisar o efeito da suplementação de metiltestosterona sobre as propriedades anisotrópicas das fibras musculares e colágenas periuretrais de ratas. Métodos: Foi realizado um estudo experimental com 30 ratas que foram divididas em dois grupos: 15 ratas submetidas a suplementação de metiltestosterona por 60 dias e 15 ratas controles. Posteriormente foi removida a bexiga, uretra e região perineal em bloco. A região periuretral foi analisada através de microscopia de polarização, com quantificação da birrefringência das fibras musculares e colágenas. Resultados: A densidade média de brilho da musculatura, no grupo controle foi de 65,3070. No grupo com suplementação de testosterona foi 84,7624, portanto com diferença estatisticamente significativa (p =0,006). Quanto às medidas da birrefringência do colágeno periuretral nos grupos controle e com suplementação de testosterona, foram obtidas com mediana de 95,9436 no controle e a mediana foi de 100,8646 no grupo com testosterona, com diferença estatisticamente significativa entre os dois grupos avaliados, com p = 0,005. Conclusão: O uso de testosterona promoveu um aumento nos valores de birrefringência das fibras colágenas e musculares periuretrais de ratas submetidas a suplementação de metiltestosterona quando comparadas com o grupo controle.

ASSUNTO(S)

urina - incontinência andrógenos diafragma da pelve birrefringência androgens urinary incontinence pelvic floor birefringence

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