Efeito agudo de alongamentos com torque e ângulo constantes na amplitude de movimento, propriedades passivas musculares e na percepção de desconforto ao alongamento

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

30/03/2012

RESUMO

A comparação entre os efeitos dos exercícios de alongamento com aplicação de torque constante (TC) e ângulo constante (AC) em seres humanos ainda foi pouco investigada. O objetivo do presente trabalho foi comparar o efeito agudo dos exercícios de alongamento TC e AC na amplitude de movimento máxima (ADMmax), torque de resistência em uma determinada amplitude de movimento (TR_), rigidez passiva, energia e amplitude de movimento e torque de resistência correspondente à primeira percepção subjetiva do desconforto ao alongamento (PSDAADM e PSDATR, respectivamente). Este estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa da UFMG (COEP 0610.0.203.000-10). Participaram desse estudo vinte e três homens, com idades entre 19 e 33 anos. Todos os voluntários passaram por uma sessão de familiarização e, aleatoriamente, pelas condições de alongamento AC e TC, respeitando um intervalo de 48 a 72h. O treinamento foi realizado no membro inferior direito, enquanto o membro inferior esquerdo foi usado como controle (CON). Um dinamômetro isocinético (Flexmachine) foi utilizado para analisar a musculatura posterior de coxa durante um teste de extensão passiva do joelho. A ADMmax foi operacionalmente definida como o máximo de alongamento tolerado pelo indivíduo. Foram realizadas quatro séries de 30s de alongamento (AC ou TC) a 95% da ADMmax, com intervalo de aproximadamente 15s entre as séries. Os dados foram analisados como a diferença percentual entre o pós em relação ao pré-teste. Uma ANOVA one way com medidas repetidas seguida do teste t de student pareado foi utilizada para comparar a diferença entre os exercícios alongamentos. A correção de Bonferroni foi utilizada para ajustar o nível de significância adotado para _=0,0167 e os dados foram apresentados como média ± erro padrão. O aumento da ADMmax no TC (17,3±1,4%) foi maior que no AC (11,0±1,0%) (p<0,01). A redução do TR_ no TC (28,1±2,4%) não foi diferente ao AC (20,5±3,2%) (p=0,06). A redução da rigidez passiva no TC (25,5±3,2%) foi maior que no AC (17,5±1,7%) (p<0,05). A energia reduziu somente no TC (28,2±2,6%). O aumento da PSDAADM no TC (21,8±3,7%) não foi diferente ao AC (17,8± 3,3%) (p=0,42). Para a PSDATR não houve diferença entre os alongamentos TC (9,0±4,3%), AC (5,5±4,4%) e CON (-1,4± 3,9%) (F=1,75, p=0,18). O exercício de alongamento TC aumentou a ADMmax em maior magnitude que o alongamento AC, possivelmente por causar maiores alterações no comportamento das propriedades biomecânicas da UMT, medidas através da rigidez passiva e energia.

ASSUNTO(S)

articulações amplitude de movimento teses. biomecânica teses. alongamento (fisiologia) teses tendões teses. exercícios de alongamento teses.

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