Do leitor invisível ao hiperleitor : uma teoria a partir de Harry Potter

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2011

RESUMO

As novas tecnologias de comunicação e a convergência das mídias no espaço da internet vêm transformando as práticas de seus usuários cibernautas, consumidores, receptores, leitores de todos os tipos de textos que, munidos de um canal de resposta, agora têm a possibilidade de responder a eles, criando e interpretando objetos. Essa confluência no ambiente virtual apaga as fronteiras entre textos e mídias, arte e entretenimento e informação e, ainda, entre as instâncias de produção e recepção. O leitor juvenil, hábil no manejo dessas tecnologias, torna-se o modelo de hiperleitor: aquele que realiza a leitura fragmentada e dispersa do ciberespaço, a hiperleitura. A escrita de fanfictions é uma de suas práticas que possibilita entrever as transformações do campo da leitura, quando, no computador, ler e escrever se tornam atividades imbricadas. Essa prática, aqui chamada de escrileitura, envolve a utilização de redes de interpretação e divulgação de textos escritos por fãs dos mais variados gêneros e nas mais variadas mídias, entre eles, a série Harry Potter. A obra de J. K. Rowling tornou-se o hipotexto principal para a escrileitura, pela apresentação de um universo altamente lacunar, que convida à criação. Este trabalho une as teorias da Estética da Recepção, da Intermidialidade e da Crítica, relacionando as estratégias do texto Harry Potter à convergência de mídias e à possibilidade que os meios oferecem à leitura-escritura como motivos para a transformação das práticas desses leitores. Essas mudanças têm reconfigurado o sistema literário autores, textos e leitores já não são mais os mesmos, quando a hipermídia é a forma de representação do mundo

ASSUNTO(S)

literatura juvenil harry potter - crÍtica e interpretaÇÃo hipertexto hipermÍdia (computaÇÃo)internet ciberespaÇo leitura letras

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