Distribuição geográfica e tendências temporais da mortalidade por neoplasia maligna no Estado de Mato Grosso do Sul, Brasil, no período de 1998 a 2007

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

03/10/2011

RESUMO

O objetivo deste trabalho foi analisar a variação geográfica e as tendências temporais da mortalidade por neoplasias malignas no Estado de Mato Grosso do Sul, no período de 1998 a 2007. Os dados de mortalidade foram obtidos a partir do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM). Como produtos sínteses foram gerados mapas temáticos, além de gráficos de tendência de mortalidade. Na análise de causas de óbitos no período de 1998 a 2007, observou-se que as neoplasias ocupavam o 3 lugar como causas de mortes, correspondendo a 13,78 % das mesmas. No período em análise, verificou-se que os homens tiveram maior participação no volume dos óbitos por neoplasia (20,26%) a mais, em quase todas as faixas etárias, exceto entre 30 e 49 anos, faixa em que as mulheres apresentaram 7,11% a mais de óbitos no período analisado, ou seja, aproximadamente 1,55 vezes o número de óbitos masculinos. No referido período, dos 6.552 óbitos femininos por neoplasia, 13,76% corresponderam às neoplasias da mama, e 15,12%, às de colo, corpo e partes não especificadas do útero, excetuando-se o restante de neoplasias. Quanto às neoplasias próprias de cada gênero, no sexo masculino, verificou-se alta mortalidade por câncer de próstata (14,48%) e pulmão (14,05%), com maior proporção de óbitos (94,95% e 90,89%) na faixa etária acima dos 60 anos de idade. Do total de óbitos para as demais neoplasias ocorridas no sexo masculino, observou-se situação semelhante na faixa etária acima de 50 anos de idade para neoplasias de estômago (86,89%) e na faixa etária entre 50 e 79 anos para a neoplasia de esôfago (74,22%). Sugere-se estudos futuros mais específicos de correlação com uso e ocupação do solo, utilização de agrotóxicos e fatores socioambientais, com maior detalhamento da escala de análise, para as regiões onde se detectou maior mortalidade, tendo como base a Geografia Médica e da Saúde. Além disso, a redução do consumo de agrotóxicos, bem como a proibição do uso de produtos que comprovadamente ameaçam as seguranças alimentar e ocupacional, e a redução da toxicidade dos produtos usados, implicam em melhorias na saúde da população e na qualidade do meio ambiente, sendo, portanto, metas do desenvolvimento sustentável.

ASSUNTO(S)

mortalidade - tendências neoplasias coeficiente de mortalidade ciencias da saude

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