Dificuldades Encontradas Pelos Responsáveis, Para Manter a Saúde Bucal em Portadores de Necessidades Especiais.
AUTOR(ES)
Pinkie Seabra Marra
DATA DE PUBLICAÇÃO
2007
RESUMO
O presente estudo, realizado no município do Rio de Janeiro em duas Instituições distintas denominadas de Grupo A e grupo B, teve como objetivo avaliar a saúde bucal dos pacientes portadores de necessidades especiais e as dificuldades apontadas por seus pais para manter a saúde bucal de seus filhos. Verificar presença de placa visível e/ou gengivite nos pacientes, bem como, correlacionar o nível sócio-ecônomico dos pais com suas necessidades e verificar se as dificuldades apontadas serão as mesmas e se existe uma preocupação dos médicos, em relação á saúde bucal do paciente especial. A amostra foi constituída por 102 pares (pais/filhos) sendo 51 pares do grupo A e 51 pares do grupo B. Os grupos se apresentaram bem distintos quanto às condições sócio-econômicas e culturais, e bastante equilibrados em relação ao gênero, 51% dos pacientes são do gênero feminino e 49% são do gênero masculino. A média de idade dos pacientes, na amostra, foi de 12 anos. As entrevistas foram conduzidas aos pais juntamente com seus filhos, e em seguida foi realizado o exame clínico. Os resultados do estudo mostraram que, apesar da grande diferença sócio-econômica entre os grupos (p<0,001), as maiores dificuldades apontadas pelos pais para manter a saúde bucal dos seus filhos foram às mesmas: encontrar um dentista que atenda seu filho; e o alto custo do tratamento odontológico. Quanto à preocupação dos médicos em relação à saúde bucal dos seus pacientes especiais, poucos são os que se preocupam. Os resultados mostraram que 66,3% dos pediatras não encaminharam o paciente para o dentista, evidenciando um trabalho individualizado dos médicos pediatras. Foi verificado que esses pacientes apresentaram alto índice de tratamento dentário invasivo e quanto menor o nível de instrução e socioeconômico dos pais maior as chances de seus filhos terem placa visível e gengivite. Observou-se ainda, que essas dificuldades encontradas pelos pais se constituíram em fatores de risco à saúde bucal de seus filhos. O que sugere, desta forma, a implementação de um protocolo de programa com uma visão multidisciplinar educativo e preventivo de atenção primária aos pacientes portadores de necessidades especiais.
ASSUNTO(S)
odontopediatria saúde bucal odontologia
ACESSO AO ARTIGO
http://tede.unigranrio.edu.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1Documentos Relacionados
- Avaliação das condições de saúde bucal de Portadores de Necessidades Especiais
- Mecanismos de interação ocular baseados em imagens voltados à inclusão digital de portadores de necessidades especiais.
- Como a Equipe de Saúde Bucal deve realizar os procedimentos odontológicos em pacientes portadores de necessidades especiais?
- TÃcnicas de roteamento para um problema de alocaÃÃo de transporte: estudo em um serviÃo de assistÃncia a portadores de necessidades especiais.
- Avaliação da saúde bucal em pessoas com necessidades especiais