DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM EM PACIENTES COM COMPLICAÇÕES DA HIPERTENSÃO ARTERIAL INTERNADOS EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA CORONARIANA / Nursing diagnostic in adults with arterial hypertension interned in a coronary intensive care unit.

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

23/02/2007

RESUMO

A hipertensão arterial se destaca como geradora de morbimortalidade cardiovascular. O estudo objetivou analisar os diagnósticos de enfermagem presentes em adultos com complicações da hipertensão arterial internados em unidade de terapia intensiva coronariana. Descritivo e transversal, com análise quantitativa, teve como amostra 30 pacientes portadores de hipertensão arterial que atendiam aos critérios de inclusão do estudo e internaram na unidade de terapia intensiva coronariana de um hospital, no período de junho a setembro de 2006. Foi utilizado um formulário contendo questões relativas às características sócio-demográficas e clínicas da clientela, além de perguntas referentes aos domínios da taxonomia multiaxial II da NANDA (2006) e de um roteiro para exame físico. Dentre as variáveis sócio-demográficas, tiveram maior prevalência pessoas do sexo masculino (53,3%), na faixa etária de 71 a 85 anos (43,3%), casados (56,7%), com escolaridade fundamental completa ou não (46,7%), com renda familiar entre um e dois salários mínimos (86,7%), aposentados ou pensionistas (73,3%) e católicos (73,3%). Quanto às variáveis clínicas: 83,3% tinham diagnóstico médico de hipertensão arterial há mais de um ano, 60% passaram por internação anterior em decorrência da doença arterial, 90% faziam uso de medicação anti-hipertensiva, 56,7% afirmaram não ser tabagistas e 86,7% negaram etilismo. Cerca de 53,4% apresentaram índice de massa corpórea-IMC acima de 25 kgm2 e 53,4% tinham circunferência abdominal acima das cifras consideradas normais. Todos apresentavam diagnóstico médico de cardiopatias. Foram identificados 37 diagnósticos nos 13 domínios de enfermagem da NANDA. Utilizamos para fins de discussão 16 diagnósticos de enfermagem que se encontravam acima do percentil 60, sendo encontrados os seguintes percentuais na clientela: Controle ineficaz do regime terapêutico (100,0%), Nutrição desequilibrada: mais que as necessidades corporais (60,0%), Padrão de sono perturbado (86,7%), Mobilidade física prejudicada (100,0%), Débito cardíaco diminuído (100,0%), Perfusão tissular ineficaz (96,7%), Déficit no autocuidado (100,0%), Percepção sensorial perturbada (100,0%), Conhecimento deficiente (60%), Tristeza crônica (76,6%), Disposição para enfrentamento aumentado (66,6%), Disposição para religiosidade aumentada (96,7%), Risco de infecção (100,0%), Integridade da pele prejudicada (90,0%), Dor aguda (73,3%) e Insuficiência do adulto para melhorar (o seu estado de saúde- 60,0%). Fizemos distribuições estatísticas com o uso dos testes não paramétricos quiquadrado de Friedman e de Mann-Withney, associando a distribuição desses diagnósticos às variáveis estudadas. As variáveis sócio-demográficas que apresentaram significância estatística de distribuição foram faixa etária, escolaridade e renda familiar. Já as variáveis clínicas que mostraram distribuição estatística significativa foram: tempo de diagnóstico, lesão em órgão-alvo, índice de massa corpórea e circunferência abdominal. O Domínio 4, referente à Atividade/Repouso, apresentou o maior número de diagnósticos identificados, podendo indicar a presença de uma síndrome diagnóstica. Diante do exposto evidenciamos a importância da orientação em saúde para estes pacientes considerando suas características no tratamento farmacológico e nãofarmacológico. Destacamos, ainda, que a sistematização da assistência de enfermagem focalizada na etapa diagnóstica facilita a implementação de ações específicas no cuidado ao cliente com hipertensão.

ASSUNTO(S)

diagnóstico de enfermagem hipertensão unidade de terapia intensiva enfermagem nursing diagnostic hypertension intensive care unit

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