Determinação de valores de referência com intervalos quantitativos para ensaios físico-químicos e perfil químico por CLAE-DAD para controle de qualidade da cavalinha (Equisetum giganteum L.)

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

21/02/2011

RESUMO

A Equisetum giganteum L. também conhecida popularmente como cavalinha,rabo de cavalo ou rabo gigante é da família Equisetaceae e tem sua origem na América do Sul. Em fitoterapia é normalmente consumida na forma de chá da Equisetum arvenses, feito de suas partes aéreas. Seu chá é considerado diurético,hemostático e adstringente, sendo utilizado para: diarréia, gonorréia e tratamentos de pedra nos rins, por conter grandes quantidades de alcalóides, saponinas e flavonóides, tais como flavonas, isoflavonas, flavonóis e flavanóides. O presente trabalho teve como objetivo determinar valores de referências, fixando intervalos quantitativos para ensaios físico-químicos da droga vegetal, efetuar a caracterização fitoquímica, e estabelecer perfil químico dos extratos etanólico e aquoso para aespécie Equisetum giganteum, ainda não descritos na literatura, visando o controle de qualidade, baseando-se na padronização das matérias-primas, para assegurar a conformidade dos produtos fitoterápicos. A planta analisada foi coletada na cidade de Londrina-PR e sua exsicata está catalogada sob o código FUEL-46180 mantida no herbário da Universidade Estadual de Londrina. Os ensaios físico-químicos foram baseados em métodos de análise empregados para outras espécies, já descritas na farmacopéia e por outros autores. O teor de umidade determinado por estudos gravimétricos, empregando-se estufa foi de 10,91±1,60%, e balança de infravermelho foi de 11,38±0,23%. O teor de cinzas totais foi de 5,64±0,35% e de14,41±0,57% para as cinzas insolúveis. O teor extrativo foi de 16,79±1,84%empregando água como solvente; de 24,09±1,29% para a extração com álcool 50%;de 29,03±0,78% para o álcool 70%, e de 12,60±0,49% para o etanol 100%. Os ensaios qualitativos de caracterização fitoquímica da droga vegetal da E. giganteum mostraram-se: negativos para antraquinona, alcalóides e fenólicos simples, e positivos: para os polifenóis totais, saponinas, flavonóides totais e cumarinas; apresentando teores de 0,96±0,07%(m/V) de polifenóis totais e 0,68±0,07%(m/V) de flavonóides totais. O método desenvolvido empregando a técnica de Cromatografia Líquida de Alta Eficiência com arranjo de diodos (CLAE-DAD) apresentou-se repetitivo e permitiu estabelecer impressão digital pelo perfil químico do extratoetanólico e aquoso da droga vegetal, bem como encontrar marcador químico para avaliar a estabilidade do extrato etanólico submetido à hidrólise ácida. Os extratos etanólico e aquoso apresentaram elevada capacidade antioxidante com 150 e 179mmol L-1 de Trolox, respectivamente.

ASSUNTO(S)

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