DeterminaÃÃo da taxa de seguranÃa do processo de prescriÃÃo de medicamentos em um hospital de referÃncia cardiolÃgica do Estado do Cearà / Setting of the Safety Rate on Prescription Drug Procedures in a reference Pneumocardiology Hospital

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

13/06/2008

RESUMO

Os Erros de MedicaÃÃo (EM) sÃo um importante desafio a ser superado na promoÃÃo do uso racional de medicamentos, fator contribuinte para o desenvolvimento de serviÃos de saÃde eficazes e seguros para os pacientes. EM podem ocorrer em vÃrias etapas da cadeia de utilizaÃÃo de medicamentos. No Brasil, pouco se conhece sobre o perfil dos erros e sobre a seguranÃa do processo de prescriÃÃo. Baseado na abordagem sistÃmica do erro foi realizado um estudo exploratÃrio, com determinaÃÃo da taxa de prevalÃncia de erros de prescriÃÃo clinicamente significativos (TPEPCS) e da taxa de seguranÃa do processo de prescriÃÃo de medicamentos (TSPPM) nas unidades de Cardiologia, Pneumologia e Pediatria de um hospital de referÃncia do CearÃ. No perÃodo de 20 de agosto a 03 de setembro de 2007, em dias alternados, foram analisadas 140 prescriÃÃes mÃdicas (PM), totalizando 1017 itens contendo medicamentos. A maioria das PM (75% - n=105) foram recebidas pelo serviÃo de farmÃcia no turno da tarde, 61,4% (n=86) pertencia a pacientes do sexo masculino e 22,2% (n=31) pertencia a pacientes com idade de 60 a 69 anos. No prontuÃrio dos pacientes das PM selecionadas, nÃo houve relato de alergia a medicamentos em 83,6% (n=117), nem registro do peso em 60% (n=84). Quanto aos componentes legais da prescriÃÃo, houve ausÃncia do registro do nÃmero do prontuÃrio em 63,3% (n=89), da unidade de internaÃÃo em 59,3% (n=83), do carimbo do prescritor em 28,6% (n=40) e da assinatura do mÃdico em 15% (n=21). Foram identificadas interaÃÃo medicamento-medicamento em 28,6% (n=40) das PM, interaÃÃo medicamento-alimento em 14,3% (n=20) e erros de prescriÃÃo clinicamente significativos (EPCS) em 25,9%, (n=30) sendo o mais recorrente a detecÃÃo de interaÃÃo medicamentosa potencialmente significante (26,61% - n=95). Boa parte dos medicamentos envolvidos nos EPCS (63,3% - n=201) pertenceu a classe terapÃutica de medicamentos cardiovasculares e houve a suspeita de ReaÃÃo Adversa a Medicamentos em apenas 1,8% (n=18) dos medicamentos prescritos. A denominaÃÃo mais utilizada na prescriÃÃo dos medicamentos foi a genÃrica (60,2% - n=612) e a concentraÃÃo nÃo foi prescrita em 56,4% (n=574) dos itens contendo medicamentos. Foi prescrito o diluente em 35,1% (n=65) dos medicamentos classificados como injetÃveis, enquanto nÃo foi prescrita a velocidade de infusÃo em 59,3% (n=121) dos injetÃveis e soluÃÃo para hidrataÃÃo. TambÃm foram prescritas informaÃÃes adicionais em 14,7% (n=150) dos itens contendo medicamentos e utilizadas abreviaturas em 97,6% (n=993) destes, sendo mais comum a abreviatura da via de administraÃÃo (36% - n=833). Ao final, foram calculadas a TPEPCS (35,10%) e TSPPM (64,9%), indicando a necessidade da reavaliaÃÃo do processo de prescriÃÃo e implementaÃÃo das estratÃgias educacionais. Portanto, a identificaÃÃo da taxas referidas constitui o primeiro passo na busca da prevenÃÃo de erros. PorÃm, para que ela possa estabelecer-se no Ãmbito hospitalar, sem propiciar um ambiente de puniÃÃes, faz-se necessÃrio que a responsabilidade pela seguranÃa do paciente seja vista como coletiva e que a abordagem sistÃmica do erro seja aplicada cotidianamente.

ASSUNTO(S)

farmacia prescriÃÃo de medicamentos, erros de medicaÃÃo. prescription drugs medication errors prescriÃÃes de medicamentos erros de medicaÃÃo

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