Detecção e diferenciação de Anaplasma marginalee Anaplasma centralepor reação em cadeia de polimerase (PCR)

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2012

RESUMO

O patógeno intracelular Anaplasma marginale (Rickettsiales: Anaplasmataceae) é endêmico em muitas regiões tropicais e subtropicais do mundo. A infecção do bovino com A. marginale causa anaplasmose bovina, devido à replicação do microrganismo nos eritrócitos do hospedeiro, sendo responsável por consideráveis perdas econômicas à criação de gado. A transmissão de A. marginale para bovinos ocorre biologicamente por carrapatos ou mecanicamente por insetos hematófagos e instrumentos contaminados com sangue infectado. Uma cepa de A. centrale, naturalmente atenuada tem sido usada extensivamente para controle da anaplasmose bovina em diversas regiões do mundo. A vacina de A. centrale é produzida em bovinos esplenectomizados oriundos de áreas livres de carrapato, todavia uma contaminação acidental por A. marginale é um risco durante o processo de produção. Por este motivo, a produção da vacina deve ser avaliada, para garantir uma amostra de A. centrale livre de contaminação. Durante a fase aguda da doença, o diagnóstico é realizado pela observação de A. marginale por esfregaço sanguíneo, porém durante a fase crônica, este método não tem a sensibilidade necessária para detectar animais que portam níveis baixos de parasitemia. Sendo, o método de detecção molecular o mais indicado para detectar tanto anaplasmose aguda quanto crônica e diferenciar entre A. marginale e A. centrale. Deste modo, no presente trabalho um ensaio de PCR foi padronizado para detectar e diferenciar A. marginale de A. centrale em amostras de sangue bovino. Foram utilizados primers para o gene msp4 de Anaplasma sp. para a amplificação do material obtido a partir de uma extração de DNA de sangue congelado de bovinos experimentalmente infectados com A. centrale e A. marginale. A PCR se mostrou específica, sem amplificar o DNA de outros hemoparasitas. O teste se mostrou sensível para detectar a quantidade 0,25 pg para o DNA de A. centrale e 0,125 pg para detectar o DNA de A. marginale, mostrando-se útil para detectar animais à campo persistentemente infectados com A. marginale e vacinados com A. centrale, os quais foram indetectáveis pela microscopia óptica. Em resumo, a PCR é um teste mais sensível e específico que a microscopia óptica para detectar e diferenciar as espécies de A. centrale e A. marginale, mostrando-se útil para auxiliar no controle de qualidade durante a produção da vacina.

ASSUNTO(S)

reação em cadeia da polimerase (pcr) diagnóstico proteção protection controle control anaplasma marginale anaplasma marginale anaplasma centrale diagnosis

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