Corrosão em armaduras de espera enterradas com 60 anos - estudo de caso das fundações da ala zero do ITA

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

18/03/2011

RESUMO

A corrosão das armaduras de espera na condição enterrada é um dos fatores de redução da vida útil do concreto armado devido à interação com diversos parâmetros dos materiais, solos e condições ambientais adversas. No presente trabalho buscou-se analisar o estado e evolução da corrosão em armaduras de espera em contato com o solo, presentes em blocos de fundações com idade média de 60 anos. A área de estudo está localizada dentro do complexo do CTA - Centro Tecnológico de Aeronáutica, em São José dos Campos - SP - Brasil, próximos aos edifícios da Reitoria, Aeronáutica e Mecânica, onde havia uma estrutura em concreto armado com a finalidade de servir de fundações para a construção do futuro Prédio da Ala Zero do ITA, concentrando as salas administrativas e salas de aula da Aeronáutica e Mecânica. Como material de análise dispôs-se de um conjunto de 42 blocos de fundações e 211 barras de espera com idade média de 60 anos, cuja eficiência do sistema concreto/aço encontrava-se bastante comprometida a fim de poder utilizá-la na continuidade das obras, no ano de 2008. Para tanto, como resultado das análises dos parâmetros de pH, acidez, sulfetos, óxidos de cálcio, magnésio e resistividade, observou-se que o solo não apresentava agressividade do meio aquoso ao sistema concreto/aço. Pela análise de reconstituição do traço de concreto retiradas das amostras de blocos de fundações e estacas, observou-se que a resistência característica do concreto apresentava-se em torno de 12 a 14 MPa, e por fim a análise das barras de espera apresentou uma velocidade de corrosão caracterizada como moderada a alta. As conclusões a respeito do assunto destacam-se sobre o processo de corrosão desencadeado nas barras de espera, uma vez que o solo não era caracterizado como agressivo. A aplicação do teste estatístico da ANOVA mostrou que as amostras estudadas eram equivalentes, independentes da situação de enclausuramento e em relação aos prédios existentes. Os resultados das velocidades de corrosão confirmaram a análise expedita do Comando da Aeronáutica, da impossibilidade da reutilização das fundações para o término da construção do Prédio da Ala Zero do ITA, uma vez que a estrutura encontrava-se com a vida útil comprometida. Por fim, algumas recomendações a respeito da atual normatização brasileira e do processo de dobras nas barras de espera adotado para enclausuramento das barras de espera são abordadas no presente trabalho, a fim de evitar a chamada corrosão por deformações excessivas das armaduras.

ASSUNTO(S)

corrosão armaduras fundações estruturas de concreto estudo de casos engenharia civil engenharia de materiais

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