Construções identitárias de estudantes de farmácia no trote universitário: questões de gênero e sexualidade
AUTOR(ES)
Siqueira, Vera Helena Ferraz de, Fonseca, Marina Cardoso Gondin da, Sá, Márcia Bastos de, Lima, Ana Cristina Moreira
FONTE
Pro-Posições
DATA DE PUBLICAÇÃO
2012-08
RESUMO
Este artigo, embasado nos estudos culturais e em noções pós-estruturalistas sobre identidade, poder, sexualidade e gênero, apresenta estudo empírico baseado na ideia de que em espaços não formais da universidade ocorrem processos importantes de construção identitária. O contexto do estudo foi uma universidade pública, e os dados foram obtidos principalmente pela observação de atividades do trote universitário e por entrevistas com estudantes do curso de Farmácia. Evidenciamos como o ritual do trote universitário, por meio de várias atividades, constitui tecnologia contemporânea de poder. Identificamos situações no trote em que sexismo, significados homofóbicos e assédio moral prevalecem, sempre travestidos como brincadeiras. Significados sobre a sexualidade estão imbricados com questões de gênero e de consumo: os corpos são expostos e assujeitados em processos que excluem o que foge da norma e reforçam identidades hegemônicas. Esses discursos e práticas, construtores de conhecimentos e significados sociais, deveriam ser considerados pela universidade.
ASSUNTO(S)
formação profissional sexualidade gênero trote universitário identidades
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