Constituição da experiência da maternidade e risco ao desenvolvimento infantil

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. CEFAC

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-12

RESUMO

OBJETIVOS: analisar a possível relação entre dificuldade na constituição da experiência da maternidade e a presença de índices de risco ao desenvolvimento infantil, bem como a interferência ou não de variáveis psicossociais e obstétricas em ambos aspectos. MÉTODOS: tipo quantitativo descritivo, com caráter casual comparativo sobre as manifestações comportamentais do processo interativo mãe-bebê. A amostra foi constituída de 182 mães e seus bebês, estes nascidos a termo ou pré-termo, em um hospital universitário da região central do Rio Grande do Sul. Foi realizada uma entrevista semi-estruturada sobre a experiência da maternidade com as mães e aplicado um protocolo de índices de desenvolvimento infantil com a díade. A análise estatística deu-se sobre o cruzamento dos resultados de ambas avaliações. RESULTADOS: a presença de dificuldades na constituição a experiência da maternidade relacionou-se estatisticamente com a presença de risco ao desenvolvimento infantil. As variáveis psicossociais e obstétricas não apresentaram interferência significante nos resultados. CONCLUSÕES: sistematizam os argumentos apresentados e destacam que as dificuldades na constituição da experiência da maternidade são fatores de risco grave para o aparecimento de indicadores de risco para o desenvolvimento infantil, pois alterações no comportamento de quem exerce a função materna se refletem já na protoconversação inicial da díade mãe-bebê, o que pode gerar risco ao desenvolvimento infantil de um modo geral, e à aquisição da linguagem em particular.

ASSUNTO(S)

comunicação psicologia da criança ansiedade relações mãe-filho

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