Consonâncias planetárias: apresentação e fundamentação da terceira lei do movimento planetário no livro V do Harmonices Mundi (1619) de Johannes Kepler (15711630)

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

Um dos significados da palavra consonância é harmonia. Harmonia, no contexto matemático, remete-se a proporção, ordem e simetria. No contexto musical, harmonia indica uma sucessão lógica dos sons. No contexto espiritual, denota aproximação com o divino, paz. A obra de Johannes Kepler (1571 1630), Harmonices mundi (1619), é uma composição harmoniosa destes três contextos aplicados ao cenário astronômico do século XVII. É neste livro que Kepler apresenta a relação matemática existente entre os períodos de revolução dos planetas e suas respectivas distâncias em relação ao Sol ou como conhecemos nos dias atuais, terceira lei do movimento planetário, lei harmônica ou terceira lei de Kepler. Baseando-se em suas conclusões anteriores, principalmente as que foram publicadas no Mysterium Cosmographicum (1596), e na hipótese de uma ligação entre as freqüências das notas musicais e as velocidades assumidas pelos planetas ao longo de suas trajetórias, Kepler utilizou-se de um arcabouço teórico característicos de sua época: a mística pitagórica, a filosofia platônica, a geometria euclidiana, a teoria musical de Ptolomeu e o heliocentrismo de Copérnico. O objetivo desta dissertação é examinar a fundamentação teórica e epistemológica empregada por Kepler na elaboração da lei harmônica, bem como discutir sua relevância na cosmologia kepleriana e para a astronomia da época

ASSUNTO(S)

astronomia -- obras anteriores a 1800 keplers third law teoria dos planetas -- obras anteriores a 1800 kepler, johannes -- 1571-1630 -- harmonices mundi libri v -- critica e interpretacao astronomy harmonia musical terceira lei de kepler astronomia musica -- obras anteriores a 1800 historia das ciencias musical harmony

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