Conflitos agrÃrios e mercado de terras nas fronteiras do Oeste do Paranà (1843/1960) / Conflict and agrarian land market frontier Western Paranà (1843/1960)

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

23/03/2012

RESUMO

Esta pesquisa visa discutir os conflitos agrÃrios e o mercado de terras na regiÃo Oeste do Estado do ParanÃ. Partindo da problemÃtica dos conflitos agrÃrios nas fronteiras internas, parte-se da anÃlise do estudo de caso da âGleba Santa Cruzâ. Uma disputa entre a Sociedade Colonizadora UniÃo DâOeste Ltda. e o Estado do ParanÃ, que aconteceu no ano de 1954. O estudo das fronteiras neste trabalho busca a gÃnese do mesmo a partir do ano de 1843 e da participaÃÃo do Estado do Paranà e companhias colonizadoras nesse processo, as quais moldaram a forma institucional do mercado de terras. A consolidaÃÃo do mercado de terras no Oeste do Paranà aconteceu a partir da decisÃo de GetÃlio Vargas de integrar os territÃrios fronteiriÃos no territÃrio nacional, promovendo a âMarcha para o Oesteâ com a finalidade de estimular a colonizaÃÃo agrÃcola desses territÃrios. A nova fronteira agrÃcola, inserida no ideÃrio do desenvolvimento da economia nacional atraiu colonos e investimentos que fizeram com que as terras fossem valorizadas. Estimulou-se, assim, um mercado de terras que atraiu sobre si os interesses de agentes econÃmicos com fins especulativos e mercadolÃgicos e do Estado, sustentado por grupos que buscavam pela hegemonia polÃtica garantir as suas vantagens econÃmicas. Utilizou-se nessa pesquisa fontes primÃrias, secundÃrias, bibliogrÃficas, narrativas, particulares e pÃblicas. A metodologia foi entendida como caminho ou procedimento de reflexÃo e anÃlise necessÃria para a articulaÃÃo do corpo conceptual (ou teoria) com a realidade de investigaÃÃo do estudo de caso da Gleba Santa Cruz buscando na abordagem analÃtico-comparativa a compreensÃo dos conflitos agrÃrios no Oeste do ParanÃ. A especulaÃÃo, concentraÃÃo e apropriaÃÃo de terras devolutas geraram, posteriormente, confrontos e conflitos contra os colonos, posseiros e grileiros, alÃm de forma de entendimento utilizado para se compreender aquela realidade, suas disputas, conflitos e hegemonia de grupos locais e regionais. Nota-se que na fronteira a violÃncia à compreendida como processo econÃmico de ocupaÃÃo da terra. Depois da limpeza do solo feito pelos colonos ou posseiros, conforme foi referido neste trabalho surge a âoperaÃÃo de limpezaâ promovida pela companhia colonizadora, a qual foi protagonizada por jagunÃos, pistoleiros, policiais, da lei, sendo considerada uma prÃtica de violÃncia apoiada nas agÃncias e instituiÃÃes burocrÃticas do Estado do ParanÃ. VÃ-se que foi uma luta desigual pela posse da terra.

ASSUNTO(S)

conflitos agrÃrios mercado de terras fronteiras land conflicts land market borders economia agraria

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